Filipe Luís vê vitória heroica e admite: Flamengo precisa melhorar pontaria
O técnico do Flamengo, Filipe Luís, classificou como heroico o resultado de 2 a 1 sobre o Vitória, hoje, pelo Brasileirão. Mas o treinador admitiu problemas ofensivos do time e não jogou para baixo do tapete a necessidade de melhora da pontaria.
"É importante, muito difícil, num campo muito difícil, um time muito bem treinado. O Vitória optou por colocar os 11 jogadores no próprio campo, tentar defender, e o campo era um pouco pesado. Realmente nos dificultou a chegada mais na área. O time conseguiu fazer boas chances de gol no primeiro tempo. Mas é verdade que precisamos melhorar alguns detalhes do jogo com a bola, porque realmente queremos que o time seja mais determinante na frente. Nessa zona final do campo, onde estamos criando, estamos tendo oportunidades. Mas precisamos ser mais determinantes na área do adversário", disse Filipe Luís.
Por que heroica? "Eu descreveria essa vitória de hoje como heroica por parte de nós jogadores, foi uma viagem, quem viajou lá para Venezuela sabe, e alguns torcedores, muitos torcedores viajaram junto com a gente, também sabem o difícil que foi essa viagem, mas é uma vitória heroica, dou muito valor. Não é fácil ganhar aqui, esse time aqui está muito bem treinado e temos que valorizar o grande esforço que os jogadores fizeram".
Arrascaeta decisivo. "Claro que essa versão do Arrasca aí é muito importante para a gente, porque ele é muito determinante, ele é muito diferente".
Parte física do uruguaio. "Fizemos um planejamento todo para ele de pré-temporada, né? Ele veio de uma cirurgia muito importante, muito difícil de recuperar, e aí fizemos uma temporada onde tentamos cuidá-lo muito, e os minutos do Carioca foram para ele e pegando o ritmo de jogo, para ele não ter uma sequência muito grande de jogos, para ele poder ir se desenvolvendo muscularmente para ficar no peso, e com muito cuidado. Que o treinador não quer botar o Arrasca em todos os jogos? Claro que eu gostaria de colocar em todos os jogos, mas fomos com muito cuidado. E o que aconteceu foi que o Arrasca fez uma grande final contra o Fluminense, e foi para a seleção, e infelizmente aí a gente perde o controle. São metodologias de treinamento diferentes. Não estou dizendo que uma é melhor. São metodologias diferentes. O corpo do atleta gera adaptações a essa nova metodologia de trabalho, de treino. Uma coisa que a gente não controla. E lá ele sentiu o adutor. É uma lesão mínima, que deu condição de estar hoje disputando esse jogo tão importante, mas ao mesmo tempo tenho que cuidar, porque quando o jogador vai para a maca, ele descondiciona. Então, tem que cuidar com os minutos, tem que cuidar com as sequências".
Bruno Henrique entrou no segundo tempo, apenas, mas resolveu. "Bruno Henrique também voltou de lesão, jogou o primeiro jogo de titular contra o Inter, de titular depois de uma viagem que é uma odisseia. E hoje estava exausto. Realmente, ele não estava nas condições de começar o jogo, me informou isso, como outros atletas também não estavam. Só que a diferença é essa, são jogadores que quando entram, dão o máximo melhor possível".
Onde evoluir? "Cada jogo é um guia de onde nossa equipe deve ser corrigida e onde devemos evoluir e trabalhar. Os jogos nos dão pistas. Na Venezuela foi um jogo atípico, e sempre que o time não performa é culpa do treinador. Por mais que tenha viagem no meio. Eu poderia ter feito algo melhor. Hoje fizemos coisas boas, grande primeiro tempo, várias chances de gol, mas ainda há coisas a melhorar, como a velocidade e circulação. São coisas que vamos aprimorar nos próximos dias".
Pedro volta quando? "Ainda vamos ver, tenho que falar com o doutor. Mas está perto".