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Legado em torcidas de Fla e Inter emociona parentes dos Mamonas Assassinas

do UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

29/03/2025 05h30

No que depender das torcidas de Flamengo e Internacional, o legado dos Mamonas Assassinas será eterno. Há décadas, rubro-negros e colorados cantam a plenos pulmões, nas arquibancadas, suas versões do hit "Pelados em Santos", que nos anos 90 virou febre no Brasil, junto com toda a discografia do único álbum que a banda teve, e que até hoje está entre os dez mais vendidos do país.

'Gratificante demais ver que os Mamonas não morreram'

A primeira torcida a criar sua versão foi a do Inter. A composição "Minha Camisa Vermelha" foi criada em 2008 por integrantes da "Guarda Popular", organizada do clube.

No ano seguinte foi a vez dos flamenguistas. Com relação de amizade com os colorados, eles criaram a "Mengão do Meu Coração", que embalou o épico título brasileiro de 2009, com Adriano Imperador, Petkovic e cia.

O UOL conversou com Jorge Santana, primo do vocalista Dinho. Hoje em dia CEO da marca Mamonas Assassinas, ele demonstrou gratidão aos torcedores por manter vivo o legado da banda, que morreu num trágico acidente de avião em 1996.

A arte transcende. O legado acaba sendo imortalizado pela arte. Tudo o que eles (Mamonas) fizeram valeu muito a pena. Eles acreditavam nos sonhos deles. Ter torcidas de futebol cantando versões das músicas dos Mamonas nos dá muito orgulho. É gratificante demais ver que eles não morreram. Essas pessoas não deixam os Mamonas morrerem.
Jorge Santana, primo do vocalista Dinho e CEO da marca Mamonas Assassinas

Integrantes torciam para clubes de São Paulo

Os integrantes dos Mamonas Assassinas torciam para clubes de São Paulo, apesar das homenagens das torcidas do Rio de Janeiro e outra do Rio Grande do Sul.

Dinho era corintiano fanático. Quando não podia ir ao estádio e ainda sem a era dos smartphones, ele procurava o primeiro telefone para ligar para os familiares em busca de informações sobre o jogo do Corinthians.

Os irmãos Samuel e Sérgio Reoli eram são-paulinos, sendo que o primeiro era mais interessado e acompanhava mais as partidas do Tricolor.

Bento Hinoto e Júlio Rasec eram os que menos ligavam para futebol. O guitarrista de descendência oriental era palmeirense. Já o tecladista pegou apreço pela Portuguesa após o sucesso com a música "Vira Vira", onde ele interpretava a personagem "Maria" na canção.

Brasília Amarela no Maracanã?

O maior símbolo da música "Pelados em Santos" é a famosa Brasília amarela, citada na música e que acabou se tornando uma identidade visual da banda.

Com a canção sendo inspiração para as versões de Fla e Inter, o CEO sonha em levar o veículo - que ainda existe — para o Maracanã.

Qualquer dia eu vou levar a Brasília amarela para o Maracanã. Quem sabe não rola uma parceria para deixá-la exposta?
Jorge Santana, primo do vocalista Dinho e CEO da marca Mamonas Assassinas

Banda do filme tem feito shows

Em 2023 foi lançado o longa-metragem "Mamonas Assassinas - O Filme". Desde então, a banda que participou da produção tem feito shows pelo Brasil e no exterior, inclusive com participação no Rock in Rio de Lisboa, em Portugal.

Em janeiro foi lançada uma música inédita escrita por Dinho. Ela se chama "Olodum, Olodois" e foi gravada pela banda de axé "Olodum".

Há também um projeto paralelo em curso chamado "Artistas cantam Mamonas", onde são aguardadas estrelas da música como Alexandre Pires, Mumuzinho, entre outros. O objetivo é celebrar os 30 anos da aparição da banda.

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