Brasil se vê esfacelado em setor que é ponto forte da Argentina
A seleção brasileira tem problemas justamente no setor onde a Argentina é dominante.
O que aconteceu
O Brasil não contará com Bruno Guimarães (suspenso) e Gerson (lesionado). A dupla de volantes seria titular contra a Argentina amanhã, em Buenos Aires.
Indo mais além, a seleção não tem Neymar. Ele seria o armador e ficou fora dessa data Fifa por causa de problema muscular na coxa esquerda.
Os substitutos na volância devem ser André e Joelinton. Eles têm características diferentes em relação aos titulares: são mais físicos do que técnicos.
Do outro lado, a Argentina tem quase todos os meio-campistas à disposição — o reserva Lo Celso está fora e é a exceção.
Os hermanos costumam jogar com três volantes - Enzo, Mac Allister e De Paul -, e sem os dois pontas tradicionais no Brasil.
Sem Messi, Scaloni pode escalar Almada junto a Julian Álvarez e Simeone, como fez na vitória sobre o Uruguai. Ou reforçar o meio-campo com Paredes. Lautaro é outra baixa no ataque.
Seja qual for a escolha, a Argentina terá mais jogadores que o Brasil no meio-campo. A seleção de Dorival deve ter André e Joelinton, além de quatro ataques de origem: Raphinha, Rodrygo, Vini Jr. e Matheus Cunha. Cunha tem sido meia no Wolverhampton e pode ajudar no combate do setor.
E a questão não é apenas numérica. O trio Enzo, Mac Allister e De Paul está acostumado a jogar junto, enquanto André e Joelinton não têm qualquer entrosamento.
O capitão Marquinhos admitiu a preocupação com essa inferioridade numérica no meio-campo. O Brasil precisará de alguma estratégia para não deixar a bola nos pés dos argentinos.
Essa é uma das forças que eles têm. É tudo uma questão de estratégia a ser trabalhada. O professor analisou bem esse time da Argentina, vai colocar estratégias em prática nos treinamentos e vamos executar da melhor forma no jogo. Não sei ainda, não posso falar o que já sei, eles não vão falar também. Não sabemos ainda. Teremos nossa estratégia, eles terão as deles. Será como uma luta de boxe. Nossas forças contra as deles, uma luta, uma guerra. Vamos tomar nossas medidas para sairmos vencedores. É um ponto forte deles, temos que tomar cuidado. Fisicamente fortes, perde e pressiona muito forte. Temos que evitar erros que cometemos contra a Colômbia, de perdas de bola. Pequenos detalhes fazem diferente em um jogo assim Marquinhos
Dorival resolveu não mudar o esquema. A tendência é que o Brasil se mantenha com dois volantes e quatro atacantes. A ideia é que Matheus Cunha, Vini, Rodrygo e Raphinha troquem de posição a todo tempo.
A seleção venceu a Colômbia, mas segue pressionada. Derrotar a Argentina seria crucial pela permanência de Dorival Júnior no comando.