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Laura Raupp e Lucas Silveira conquistam o inédito bicampeonato no WSL Layback Pro

23/03/2025 19h30

Um verdadeiro espetáculo de surfe fechou com chave de ouro, a estreia do WSL Layback Pro na Praia da Joaquina, com Laura Raupp e Lucas Silveira conquistando o inédito bicampeonato nas cinco edições deste evento da World Surf League na Ilha de Santa Catarina.

As finais foram um presente para comemorar o aniversário de 352 anos de Florianópolis, com Laura ganhando o duelo de campeãs sul-americanas com a peruana Daniella Rosas e o Lucas batendo um recorde histórico, para superar a nota 10 do Heitor Mueller na reedição da decisão do ano passado. O QS 3000 terminou no domingo e nesta segunda-feira começa o Floripa Pro, abrindo o Circuito Catarinense Profissional com apresentação da Layback e da Prefeitura de Florianópolis na Joaquina.

A catarinense Laura Raupp foi quem conseguiu o primeiro bicampeonato da história do WSL Layback Pro em Florianópolis. Ela tinha vencido a primeira edição na Praia Mole em 2021, quando tinha apenas 15 anos de idade e estreava em etapas do QS. A primeira chance do bi inédito foi no ano passado, mas Laurinha perdeu a final para Tainá Hinckel.

Agora competiu em casa na Praia da Joaquina e achou as melhores ondas para usar a potência do seu backside, com batidas explosivas para superar a campeã do Layback Pro 2022, Daniella Rosas, por 13,50 a 10,17 pontos. A peruana estava invicta esse ano, vinha de vitórias no QS 1000 do Peru e do Ceará, é recordista com três títulos sul-americanos da WSL South America e terminou como vice-campeã dessa vez.

"Eu estou muito, muito, muito feliz. Literalmente, só eu sei quais são meus objetivos, o que eu tracei para essa temporada e, nossa, eu consegui cumprir tudo", contou Laura Raupp. "Quando tocou a buzina de término lá fora, eu comecei a chorar porque, de verdade, era tudo o que eu podia sonhar. Fiquei feliz de ter conseguido o título sul-americano ontem, mas não era só isso que eu queria, então estou muito feliz com a vitória na última etapa da temporada. Eu surfo na Joaca quase todos os dias, ainda mais quando tem altas ondas que nem deu ontem, hoje e todos esses dias do evento. Agora sou bicampeã do Layback Pro aqui em Floripa, então só tenho a agradecer".

RECORDE HISTÓRICO 

O carioca Lucas Silveira, que há muitos anos mora em Florianópolis, também pode se dizer local da Joaquina como a Laura Raupp, pois surfa essas ondas quase todos os dias. Ele já tinha garantido classificação para o Challenger Series 2025, ao passar para a sua segunda final consecutiva no WSL Layback Pro. E poderia ser o primeiro bicampeão dessa etapa, que acontece desde 2021.

Ele viu o Heitor Mueller já começar com um aéreo fantástico, que valeu a única nota 10 na Praia da Joaquina. Então, Lucas Silveira teve que correr atrás e acabou fazendo o maior placar da história do campeonato, 19,37 pontos com notas 9,87 e 9,50, superando os 19,13 da vitória do Michael Rodrigues na final de 2022 na Praia Mole.

"Foi a melhor bateria da minha vida, sem dúvidas", afirmou Lucas Silveira. "Eu nunca somei tão alto assim e ainda do jeito que começou, com aquele aéreo do Heitor (Mueller), que eu vi de camarote. O aéreo foi gigante e quando ele voou, foi animal, ele caiu certinho e na hora eu sabia que ia ser 10, porque foi gigante. Foi bom, porque desde o início, eu já fui buscando high-scores (nota alta) e acabou que eu fiz alguns na bateria. Foi show de surfe e no final, pra fechar com chave de ouro, acertei a manobra que eu tentei acertar o campeonato inteiro. Aí, só na última onda, eu consegui acertar pra fechar esse meu maior somatório da vida".

A manobra foi um "layback", que sacramentou o inédito bicampeonato e consecutivo no Layback Pro. Além dos 8.000 dólares oferecidos ao campeão do QS 3000, tinha um prêmio especial de 1.000 reais da Dare Challenge, para quem fizesse o maior somatório do campeonato. Lucas Silveira era o recordista desde sexta-feira, quando venceu uma bateria por 15,94 pontos. Nas semifinais, ele chegou perto disso, totalizando 15,83 na bateria com o paulista Daniel Adisaka, que confirmou sua vaga no Challenger Series 2025. Na segunda semifinal, Heitor Mueller derrotou outro paulista, Alex Ribeiro, por 15,80 e já largou na frente da decisão do título, com o incrível "alley-oop" que mandou numa direita logo no início da bateria.

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