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Vini Jr. salva a seleção, Brasil bate Colômbia e vai a 2º nas Eliminatórias

do UOL

Do UOL, em Brasília

20/03/2025 23h56

Tinha que ser dos pés dele. O melhor do mundo salvou o Brasil. Vini Jr. fez um golaço aos 53 minutos do segundo tempo, e a seleção brasileira venceu a Colômbia por 2 a 1, hoje, no Mané Garrincha, em Brasília.

Foi o primeiro jogo de Vini pela seleção brasileira desde a eleição da Fifa que o colocou, individualmente, no topo do planeta.

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Além do chutaço que deu a vitória ao Brasil, Vini também sofreu o pênalti que resultou no 1 a 0, convertido por Raphinha. A Colômbia chegou a empatar com Luís Díaz.

O gol salvador nos acréscimos significou que o time de Dorival Júnior pegou o elevador na classificação das Eliminatórias. A rodada ainda não acabou, mas o time virou segundo colocado.

Apesar da vitória, não foi um jogo bom do Brasil. Para completar, a seleção carrega uma série de problemas para enfrentar a Argentina. A próxima partida é terça-feira, em Buenos Aires.

Bruno Guimarães e Gabriel Magalhães estão suspensos, enquanto Gerson saiu do jogo contra a Colômbia machucado. É preciso checar também a situação do goleiro Alisson, substituído após um choque de cabeça com o zagueiro Sánchez.

Dorival Júnior deve anunciar nos próximos dias os jogadores que vão substituir os suspensos. E o departamento médico vai analisar como fica a situação de Gerson.

O jogo marcou a estreia do lateral-direito Wesley, do Flamengo, uma das poucas boas notícias na noite em Brasília.

Começo promissor

O primeiro tempo começou animador. Três minutos, uma jogada de velocidade pela direita: pênalti em Vini Jr.

Parecia que a ideia de Dorival Júnior daria muito certo, com a movimentação e dinâmica do ataque.

Raphinha converteu o pênalti com tranquilidade e fez 1 a 0. Foi uma alegria fugaz para os 70.024 presentes.

Como desenho tático, o Brasil estava em um 4-4-2, com Raphinha aberto pela esquerda, Rodrygo na direita e Vini Jr. forando dupla com João Pedro pela faixa central.

Os problemas começaram

Mas a seleção brasileira não manteve a intensidade e criatividade dos minutos iniciais. Um chute de Rodrygo pela direita foi o lance mais perigoso do ataque do Brasil nos restante do primeiro tempo.

O que se viu foi a Colômbia acreditando mais e um desencadear de série de problemas para o Brasil.

Com 15 minutos, Bruno Guimarães fez uma falta em Arias. Tomou amarelo. Estava pendurado e não joga contra a Argentina.

A projeção de problemas no meio-campo, que seria só para o jogo que vem, materializou-se no próprio Mané Garrincha quando Gerson caiu no chão e pediu para sair.

A formação titular do setor não estará em Buenos Aires e foi desmontada aos 28 minutos do primeiro tempo em Brasília.

Joelinton entrou. Parecia um roteio de redenção, já que a última aparição dele na seleção foi um cartão vermelho (até exagerado) diante da Argentina, em 2023.

Mas o volante do Newcastle foi desarmado no lance que originou o gol de empate da Colômbia, marcado por Luís Díaz. Dorival reclamou de falta, o juiz nada marcou.

Na perspectiva colombiana, Díaz mais uma vez voltou a marcar sobre a seleção brasileira. Tinha acontecido no jogo em Barranquilla pelas Eliminatórias. E duas vezes, gerando a virada sobre o então time treinado por Fernando Diniz.

A tentativa de mudar o jogo

No segundo tempo, o Brasil até teve mais chances. Em volume, pelo menos, a melhora foi ligeira. Mas não a ponto de empolgar.

Vini Jr, em seu primeiro jogo na seleção desde a eleição do melhor do mundo, perdeu as duas chances mais claras. Na primeira, boa defesa de Camilo Vargas. Na segunda, preferiu tocar para Raphinha, mesmo de frente para o goleiro.

A segunda oportunidade nasceu de uma jogada criada por Matheus Cunha, que substituiu João Pedro, logo aos 14 minutos da etapa final. Mais um camisa 9 da seleção com atuação apagada. Igor Jesus chegou a quebrar esse ciclo na gestão Dorival, mas a má fase no Botafogo o tirou da convocação atual.

Recompostos do susto, os colombianos aumentaram a pressão.

Só que o Brasil teve mais problemas e mais mudanças.

Susto em campo

Um choque fortíssimo de cabeça envolveu o goleiro Alisson e o zagueiro Sánchez. O colombiano chegou a apagar em campo. Os dois foram substituídos.

Dorival ainda aproveitou o momento para mexer ainda mais no time. Promoveu a estreia de Wesley, muito aplaudido assim que entrou e nas duas divididas que ele ganhou instantes depois.

Além dele, André já substituiu Bruno Guimarães, num vislumbre para o jogo contra a Argentina. Savinho no lugar de Rodrygo deixou o combo completo.

Vini salva no fim

Quando o Brasil parecia fadado a empatar, Vini Jr. fez jogada individual pela esquerda e disparou um chute de muito longe. A bola morreu no canto de Vargas. A consagração do melhor do mundo veio. E para o bem e alívio da seleção de Dorival.

Ficha técnica

Brasil 2 x 1 Colômbia

Local: Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data/Hora: 20/3/2025, às 21h45
Árbitro: Alexis Herrera (VEN)
Assistentes: Jorge Urrego Martínez e Tulio Moreno (VEN)
Cartões amarelos: Bruno Guimarães, Gabriel Magalhães, Joelinton (BRA); Richard Ríos (COL)
Gols: Raphinha, 5'/1ºT (1-0); Luís Díaz, 40'/1ºT (1-1); Vini Jr, 53'/2ºT (2-1)

Brasil: Alisson (Bento), Vanderson (Wesley), Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; Bruno Guimarães (André), Gerson (Joelinton) e Raphinha; Rodrygo (Savinho), Vini Jr. e João Pedro (Matheus Cunha). Técnico: Dorival Júnior

Colômbia: Camilo Vargas, Muñoz, Davinson Sánchez (Carlos Cuesta), Lucumí e Mojica; Lerma, Richard Ríos e Arias (Carrascal); James Rodríguez (Castaño), Luís Díaz e Córdoba (Borré). Técnico: Néstor Lorenzo

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