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Brasil enfrenta James e se pergunta por que jogadores não rendem na seleção

Raphinha e James Rodríguez brigam pela bola em Brasil x Colômbia, duelo da Copa América - Thearon W. Henderson/Getty Images
Raphinha e James Rodríguez brigam pela bola em Brasil x Colômbia, duelo da Copa América Imagem: Thearon W. Henderson/Getty Images
do UOL

Do UOL, em Brasília e Santos

20/03/2025 05h30

A seleção brasileira enfrenta a Colômbia de James Rodríguez, enquanto tenta fazer com que seus craques nos clubes sejam craques também com a amarelinha.

James é o típico caso do "jogador de seleção". O meia parece usar seus clubes apenas para se preparar antes das partidas pela Colômbia. A "vítima" da vez é o León, do México, após toda a frustração no São Paulo.

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Aos 33 anos, o armador até tem uma boa aparição ou outra pelo seu time, mas a melhor versão aparece com a camisa colombiana. Ele é capitão e sempre está presente nas convocações, mesmo que com uma ou outra limitação física.

No Brasil, não há esse tipo de jogador de seleção, pelo contrário: os atletas se destacam pelos clubes e têm dificuldade quando se juntam para representar o país.

A CBF nem quer que os atletas se esforcem mais na seleção do que nos clubes, como James Rodríguez faz. O objetivo é ter apenas o mesmo nível técnico. Ou perto disso.

O maior exemplo é Vini Jr. Astro do Real Madrid e melhor jogador do mundo no prêmio The Best, o atacante nunca rendeu o que pode na seleção. Longe disso.

Outro caso emblemático é o de Bruno Guimarães, capitão do Newcastle. O meio-campista nunca manteve uma fase regular pela seleção brasileira.

"Temos jogadores que disputam o melhor do mundo. Falta tempo para treinar. É acertar por vídeo, melhorar, podemos jogar melhor nessa reformulação. Tem muita coisa pela frente, mas temos que ser protagonistas no clube e na seleção", admitiu Bruno Guimarães.

Muda demais

O técnico Dorival Júnior entende que há dois motivos principais para esse problema: a fase de reconstrução do time e a dificuldade de assumir protagonismo.

O Brasil não embala e apresenta mudanças táticas frequentes. Dessa forma, fica mais difícil para os jogadores apresentarem o mesmo nível. Dorival sabe que essa "culpa" é da comissão, porém, vê melhora recente.

Outro fator no entendimento do treinador é o senso de responsabilidade. Sem Neymar, que traz para si os holofotes, essas estrelas dos clubes apresentam certa dificuldade de assumir o protagonismo. Rodrygo é quem menos sentiu essa pressão.

Dorival pensa que, se os jogadores renderem perto do que é visto no dia a dia e taticamente a equipe evoluir, a seleção terá um salto. Vini e Rodrygo brilham no Real Madrid, e Raphinha briga pela Bola de Ouro no Barcelona.

Após alguns testes, a seleção brasileira deve voltar para a ideia original de Dorival: quatro atacantes e nenhum centroavante.

A tendência é que Rodrygo, Vini e Raphinha joguem juntos, com liberdade de movimentação. O quarto elemento pode ser Savinho. A intenção original era ter Neymar nesse quarteto, mas o astro está lesionado.

Contra a Colômbia de James e, principalmente diante da Argentina sem Messi, o Brasil precisa mostrar que seus craques não ficaram nos clubes. A seleção está apenas na quinta colocação e chega pressionada para essa Data Fifa.

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