Promessa que ganhou apelido da avó estreia na Copinha com gol e assistência
Na ficha de inscrição do São Paulo na Copinha 2025, o nome Perivan causou estranheza. Não pelo futebol, até porque o tal Perivan, um garoto do sub-17, estreou no torneio contra na goleada contra o Picos (PI) com gol e assistências. Mas se perguntar no Centro de Formação de Atletas (CFA) de Cotia pelo Perivan, dificilmente alguém saberá de quem se trata, pois o garoto é conhecido pelo apelido: Tetê.
Um dos caçulas desse elenco do Tricolor na Copinha, Tetê trabalhou com o técnico Allan Barcelos no sub-17 e foi um dos jovens puxados da categoria para integrar o time sub-20. Em entrevista ao UOL, Perivan explicou como se tornou Tetê, lembrou as lesões na infância e falou sobre como o coaching esportivo o ajudou a superá-las.
Por que Tetê? "Foi um apelido que veio da minha avó. Desde pequeno, quando eu saía do banho, eu pedia "tete". O apelido pegou na família, e acabou me acompanhando até hoje, inclusive no futebol. É engraçado porque todo mundo conhece mais o Tete do que o meu nome verdadeiro. Mas levo na brincadeira e hoje em dia adotei esse nome para minha carreira."
Lesões desde os 11. "Foram momentos muito difíceis na minha trajetória. Quando eu tinha 11 anos, tive minha primeira lesão séria e precisei ficar parado por bastante tempo. Depois, aos 15 anos, foi ainda pior. Passei praticamente o ano inteiro fora dos gramados. Ver meus companheiros jogando enquanto eu precisava lidar com dores, tratamentos e incertezas foi muito desafiador."
Coaching esporitvo. "Mas esses períodos também me ensinaram muito. Quando consegui voltar no Sub-16, comecei a trabalhar não só a parte física, mas também a mental. Fiz coaching esportivo e sigo fazendo até hoje. Isso me ajudou a construir uma mentalidade forte, a acreditar em mim mesmo e a entender que as adversidades fazem parte do processo"
Confira outras respostas do jovem Tetê:
A vida em Cotia
A vida aqui é muito boa, mas também exige bastante disciplina. Fora dos treinos e jogos, a gente consegue aproveitar algumas coisas legais, como as quadras de futevôlei e o videogame no alojamento. De vez em quando, rolam uns campeonatos de pipa e eu me arrisco a brincar um pouco. Sobre o quarto, divido com o Pedrinho. É um dos vários amigos que fiz no clube. A convivência aqui ajuda a criar laços muito fortes. Estamos juntos no dia a dia, compartilhando desafios e vitórias, então acabamos criando uma verdadeira família.
Papo com Igão sobre profissional
Ele fala que é uma experiência incrível, um sonho que todo jogador da base tem. O ambiente é muito competitivo, o Zubeldía é bem exigente e detalhista. Mas ao mesmo tempo, é muito aprendizado, porque a cobrança ajuda a gente a evoluir. Ele comenta que os treinos no profissional são muito intensos e que cada dia é uma oportunidade de crescer. Isso dá motivação para nós que ainda estamos buscando realizar esse sonho.
Subida de Ryan e Ferreira
É muito importante para todo mundo da base ver que os companheiros estão tendo essa oportunidade de representar o time principal, que é o nosso maior sonho. Encaro isso como uma inspiração para mim. Mostra que o caminho está aí, que se trabalharmos duro vamos ter uma oportunidade e precisamos estar prontos para agarrar ela da melhor forma possível.
Como soube da convocação para Copinha
Foi um momento muito especial. Nós tínhamos acabado de disputar o Paulista sub-17, onde fizemos uma ótima campanha, chegando à final. Depois de uma semana de folga, fomos surpreendidos por uma mensagem no grupo informando que iríamos integrar o time para a disputa da Copinha. O fato do Alan conhecer o meu estilo de jogo acredito que ajudou na escolha, ele sabe do meu trabalho e dedicação. Quero corresponder essa confiança dentro de campo.