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São Paulo inaugura novo Reffis em Cotia com estrutura de mais de R$ 5 milhões

16/12/2024 17h42

O São Paulo inaugurou o seu novo Reffis no CFA Laudo Natel, em Cotia, para os jovens das categorias de base. A modernização das dependências que incluem academia, fisioterapia e fisiologia superam os R$ 5 milhões e tem como grande parceiro a empresa de aparelhos fitness Matrix.

No novo Reffis de Cotia existe o que há de mais moderno em termos de aparelhagem de academia. O São Paulo fechou um contrato de cinco anos com a Matrix, que forneceu todos os equipamentos necessários, avaliados em R$ 5,4 milhões. Toda a manutenção desses aparelhos é de responsabilidade da empresa, que também renovará algumas das máquinas caso uma versão atualizada seja lançada no mercado durante o período. Como contrapartida, a marca será, neste período, patrocinadora master dos times de base.

Vale lembrar que, caso o contrato entre São Paulo e Matrix não seja renovado após esses cinco anos, todos os equipamentos permanecem sob posse do clube sem qualquer tipo de custo adicional.

Tecfut

O São Paulo também passou a contar recentemente com um laboratório do esporte em Cotia, o chamado Tecfut. Com diversos equipamentos modernos, as salas têm como meta aprimorar o desempenho físico dos atletas e ajudá-los a atingir o mais alto nível da performance esportiva.

O Dr. Eduardo Rauen, médico do esporte e nutrólogo, é quem lidera o Tecfut e explicou a função dessas novas salas com equipamentos tecnológicos focados em aprimorar a resistência física dos atletas são-paulinos.

"O Tecfut iniciou o trabalho no final de agosto. O Tecfut é um centro de tecnologia e ciência aplicada ao futebol. A gente faz o diagnóstico do que o atleta é e o que podemos fazer para melhorá-lo. O Tecfut tem várias tecnologias para ajudar nessa transformação. Todos que entram aqui no Tecfut são talentosos. O que queremos é transformar esses jovens talentosos em grandes atletas fisicamente. O futebol não é lugar só de talento, mas de preparo físico com talento", disse o Dr. Eduardo Rauen.

"Todos os atletas passam primeiro por uma avaliação de composição corporal. É feita uma bioimpedância para avaliar quanto ele tem de gordura, quanto ele tem de massa muscular. Depois disso ele vem para um outro laboratório, onde é feito uma calorimetria indireta que te dá quantas calorias o atleta gasta em repouso, o que ajuda a gente no plano nutrológico para saber quanto ele precisa se alimentar e suplementar de forma individualizada. Depois ele vai para outro equipamento, de ergoespirometria, que a gente faz um diagnóstico dos lineares anaeróbicos, ou seja, o quão capacitado ele é, qual é a frequência cardíaca mais adequada, qual a velocidade que ele chega de uma forma que ele é eficaz. Ou seja, em um jogo de alta intensidade, quanto melhor os lineares, ele consegue jogar mais por mais tempo. Com esses dados eu faço uma análise junto com a nossa equipe e com os treinadores para fazer treinos específicos para melhorar os lineares dele. Às vezes o atleta é muito rápido, mas cansa muito. A intensidade dele precisamos adequar. Fazemos um treino analítico. A gente sai do treino de campo, vem para o laboratório e faz um treino específico para ele melhorar essa deficiência. Ou às vezes o atleta já apresenta bons índices, mas podemos melhorar ainda mais", completou.

Esses novos processos em Cotia estabelecidos com a chegada de equipamentos de última geração, que podem ser encontrados em poucos clubes ao redor do mundo, tiveram influência direta, por exemplo, no título da Copa do Brasil sub-20 conquistado pelo São Paulo, que saiu perdendo para o Palmeiras na final por 2 a 0, mas conseguiu a virada no segundo tempo, batendo o rival por 3 a 2 e erguendo a taça.

"Quando a gente foi convidado a fazer esse trabalho, a reclamação era que o São Paulo começava bem os jogos e depois acabava perdendo no segundo tempo. Estava faltando intensidade, falavam que os jogadores não tinham força. Em 100 dias de tratamento fizemos esses treinos específicos, melhoramos a alimentação e suplementação, mudamos toda a cozinha de Cotia, esses atletas melhoraram a composição corporal, já apresentaram uma melhora, conseguimos montar os treinos analíticos, e passamos a ser mais eficazes no segundo tempo", explicou.

O Tecfut conta até mesmo um aparelho que simula altitude. Ou seja, os jogadores podem realizar trabalhos com o chamado "power breathe" para não sentir os impactos de jogar muito acima do nível do mar.

"O power breathe é um aparelho que ajuda a gente simular a altitude. Então conseguimos fazer um treino em Cotia como se ele estivesse jogando em altitude. Isso faz com que o atleta tenha um coeficiente menor de oxigênio e às vezes ajuda o atleta a melhorar a eficiência energética também em condições normais", concluiu.

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