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O escândalo milionário que envolve Schumacher, fotos íntimas e ex-segurança

do UOL

Do UOL, em São Paulo

13/12/2024 05h30

O nome do ex-piloto Michael Schumacher está envolvido, nos últimos meses, em um escândalo que envolve 15 milhões de euros (R$ 94,5 milhões). O alemão de 55 anos está fora dos holofotes desde dezembro de 2013, quando sofreu um grave acidente de esqui na França.

Demissão, extorsão e medo

O caso parte de Markus Fritsche, segurança que começou a trabalhar para a família de Schumacher um ano e meio antes do acidente. O Daily Mail detalhou que ele é o pivô de um esquema de extorsão que contou com a ajuda de outras duas pessoas.

Ao saber que seria demitido, ainda em 2020, ele planejou roubar arquivos do ex-piloto pós-acidente — o ataque incluiu pen drives e HDs com imagens, vídeos e até prontuários médicos do alemão.

Fritsche não agiu sozinho: ele convocou o amigo de longa data e também segurança Yilmaz Tozturkan para participar do plano. Yilmaz, por sua vez, pediu ajuda ao filho, Daniel Lins, especialista em tecnologia da informação, para ajudar na coleta dos arquivos.

Michael Schumacher está recluso e blindado pela família desde dezembro de 2013 - JOSE LUIS ROCA / AFP - JOSE LUIS ROCA / AFP
Michael Schumacher está recluso e blindado pela família desde dezembro de 2013
Imagem: JOSE LUIS ROCA / AFP

O trio roubou mais de 1.500 arquivos íntimos de Schumacher e pediu 15 milhões de euros (cerca de R$ 95 milhões) à família para não vazar o conteúdo. O caso de extorsão foi parar na polícia alemã.

Eles foram presos preventivamente em junho deste ano e podem pegar até quatro anos de cadeia se considerados culpados. O julgamento deve ter início em janeiro de 2025 e está nos tribunais de Wuppertal, na Alemanha.

O problema para a família de Schumacher é que nem todos os arquivos roubados foram recuperados: um HD não foi achado pelas autoridades. Diante do "sumiço", os parentes do ex-piloto estão receosos de que os conteúdos sejam vendidos no mercado paralelo.

O que se sabe sobre a saúde de Schumacher?

Schumacher sofreu um acidente gravíssimo em dezembro de 2013, quando esquiava na estação de Méribel, nos Alpes franceses. Desde então, a família blinda o ex-piloto e divulga poucas informações sobre seu estado de saúde.

O alemão acordou do coma quase seis meses após o acidente. Ele voltou para sua casa em Lake Geneva, na Suíça, depois de nove meses.

Michael Schumacher sofreu acidente de esqui que o deixou recluso - REUTERS/Alessandro Bianchi - REUTERS/Alessandro Bianchi
Michael Schumacher sofreu acidente de esqui que o deixou recluso
Imagem: REUTERS/Alessandro Bianchi

Por lá, o astro passava por reabilitação. A família e sua equipe nunca deram detalhes precisos do tipo de tratamento.

Apenas alguns familiares e amigos íntimos são autorizados a visitar Schumacher. Felipe Massa, por exemplo, diz que "tem noção" de como o colega está, mas que respeita a privacidade da família.

Michael Schumacher e o filho Mick, ainda criança - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Michael Schumacher e o filho Mick, ainda criança
Imagem: Reprodução/Twitter

Nos últimos anos, houve pistas. Mick Schumacher, filho do astro e com passagem pela F1, lamentou que não possa "trocar figurinha" sobre automobilismo com o pai.

O arcebispo alemão Georg Gänswein disse, em 2018, que o piloto "consegue sentir as pessoas ao redor dele". Ele também comentou que o rosto do ex-piloto está "um pouco mais cheio".

Pessoas que afirmam ter tido informações indicam que ele não consegue se comunicar. Quem revelou essa questão da comunicação, por exemplo, foi Pietro Ferrari, filho do fundador da escuderia italiana.

Um dos poucos que mantêm contato com os familiares é Jean Todt, ex-presidente da FIA e ex-chefe da Ferrari, equipe onde Schumacher trabalhou.

Michael está aqui, então não sinto falta dele. [Mas ele] simplesmente não é o Michael que costumava ser. Ele é diferente e é maravilhosamente guiado pela esposa e pelos filhos que o protegem. A vida dele agora é diferente e tenho o privilégio de compartilhar momentos com ele. Isso é tudo que posso dizer.
Jean Todt, ao L'Équipe em dezembro de 2023

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