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Emiliano diz que tentará convencer Yuri Alberto a ficar no Corinthians

do UOL

Do UOL, em São Paulo

03/12/2024 23h30

A comissão técnica do Corinthians fez um breve comentário sobre o futuro de Yuri Alberto no clube em entrevista coletiva após a vitória sobre o Bahia. Emiliano Díaz, auxiliar de Ramón, afirmou que eles farão o possível para convencer o camisa 9 a ficar para o ano que vem.

Isso não depende de nós. Depende do jogador, da diretoria. Fico feliz porque é um exemplo de vida. Falei que a filha dele tem que estar muito orgulhosa dele. Ele mostra a toda a garotada que sempre é preciso acreditar e trabalhar mesmo no momento difícil. Nos perguntaram o motivo de não tirarmos ele, e aí está o resultado. Acreditar, crer... Tomara que possa ficar, é um jogador importante para nós. Vamos tentar convencê-lo, mas não depende de nós. Emiliano Díaz

A comissão técnica tem duas metas para o camisa 9: levá-lo à seleção e garantir a artilharia do Brasileirão. Eles também têm objetivos para Garro e Memphis Depay.

[Memphis] Demonstrou sua categoria, seu nível. Estamos contentes com ele. Quando veio, fazia três meses que não jogava. Fizemos um grande trabalho físico com ele, ele estudou, se preparou e recuperou seu nível. Da nossa parte, temos objetivos: que Yuri vá à seleção, que seja o artilheiro, que Memphis vá à seleção e que Garro possa ter uma chance na seleção argentina. Ramón Díaz

O que mais Ramón e Emiliano disseram?

Janela virou chave [Emiliano]: "Foi fundamental porque vínhamos passando um momento difícil. Não há mágica em um clube. Vai ser impossível fazer um bom trabalho sem a coisa mais fundamental, que é a matéria-prima, ou seja, os jogadores. Foi uma janela perfeita, discutimos, olhamos com o scout e foi muito claro. Deu tudo certo. Chegaram jogadores com peso e ganhadores. Era isso o que faltava, gente acostumada a brigar por título. Trouxemos todo mundo que está acostumado a ganhar título, é isso que vai fazer o Corinthians a crescer. Não pensar em rebaixamento, pensar em ganhar títulos."

Harmonia no grupo [Emiliano]: "Não temos outra forma de trabalhar. Sempre cumprimos os objetivos onde passamos. Sempre do mesmo jeito: trabalhando, ter humildade e união. Além de tudo, acreditar. Acreditamos muito que podia acontecer o que aconteceu no nosso meio interno. Não é uma surpresa para nós. Sabíamos o nível do grupo, a qualidade dos jogadores. Há uma harmonia muito grande para trabalhar. Você chega no CT e respirava algo que não parecia zona de rebaixamento, se respirava que íamos chegar onde chegamos — duas semifinais, brigar por Libertadores. Sempre houve harmonia no grupo, ainda que com discussões, como acontece com qualquer família."

Balanço do trabalho [Emiliano]: "Viemos com o objetivo do Brasileirão. Aconteceu o que aconteceu nas Copas, ficamos no meio do caminho com o sabor triste, o que também pode ser erro nosso. O culpado sempre é o treinador. Estamos acostumados a lidar com isso. Não gostamos de falar de balanço nosso. Sempre os demais têm que falar. Em todos os clubes que passamos, sempre cumprimos o objetivo. Sabíamos que íamos fazer o mesmo no Corinthians. Por onde passamos, nos pediam títulos, dávamos títulos, pediam que saíssemos do rebaixamento, e saíamos. Sabemos o trabalho que fazemos e nunca duvidamos de nós. Graças ao grupo, à diretoria e a harmonia do trabalho, sabíamos que íamos cumprir o objetivo. Depois, começamos a sonhar mais, fomos jogo a jogo, o time engrenou e estamos a um passo mais. Tomara que dê tudo certo. Ainda não acabou, estamos com os pés no chão."

Respaldo da diretoria [Emiliano]: "Agradeço ao Fabinho Soldado porque nunca trabalhei com o executivo assim. A relação entre nós sempre foi muito clara. Sempre falo com o Fabinho: 'o dia que não nos quiser, um abraço'. Ainda assim, vai seguir sendo o melhor executivo que trabalhei. Foi um momento muito difícil, um clube com pressão e ele se viu com um momento duro, um dos piores da história do clube. Colocou a cara, quero parabenizar a ele e ao presidente. Sempre foram muito claras as coisas entre nós. Isso facilita muito para trabalhar. Ainda sabemos que para ficar na história temos que deixar marcado o nome da comissão e dos jogadores."

Efetividade e resultado [Ramón]: "Hoje, sabíamos da importância do jogo. Era muito importante porque estávamos os dois times com chances de vaga na Libertadores. Era fundamental ganhar e jogando bem. Bahia é um grande time, tem um grande técnico, vem conseguindo resultados como nós. Em um jogo decisivo, a equipe mostrou muita força e categoria. Estou contente e feliz. O ataque está vivendo um grande momento, creio que para meu ponto de vista, para que sejamos efetivos, precisa ter estrutura e se armou uma estrutura boa, com um meio de campo que joga muito bem, com Garro, Memphis e Yuri. Somos perigosos. Estou feliz porque a estrutura faz com que tenhamos um grande ataque. Tudo o que temos trabalhado, tem sido aplicado em campo. Principalmente, no terço final."

Corpo técnico [Ramón]: "É fundamental tem dentro do clube a parte médica, psicológica, física... O clube está em um bom caminho. Há coisas para corrigir, crescer. Seguramente, estamos felizes porque tivemos muita competência durante este campeonato. Foram muitos jogos, soubemos manejar os esforços de cada um dos jogadores e acho que isso foi importante para passarmos o que passamos agora. A equipe cresceu, joga bem, compete e queremos terminar bem."

Modelo de jogo [Ramón]: "Gosto muito da tática que usamos porque temos as características dos jogadores que podem jogar desta maneira. Com dois pontas, Memphis, temos volantes que jogam bem, são inteligentes... Jogamos iguais taticamente nas últimas partidas. Tratamos de corrigir alguns erros táticos e realmente a equipe cresceu com a confiança, com a quantidade de treinos na semana. Terminamos jogando desta maneira porque temos uma equipe com características para isso, temos variantes. Estamos felizes porque os jogadores estão respondendo bem, a torcida gostou."

Raniele [Emiliano]: "Tanto ele, quanto Charles, Breno Bidon, Carrillo e o Martínez estão em um grande momento. A briga é muito grande. Eles sabem que não podem relaxar nunca. Existe uma concorrência interna muito grande. Raniele se preparou, demonstrou e mesmo não jogando, ele estava trabalhando para jogar. Não se pode relaxar um minuto. A concorrência o fez crescer, ele sabe que não pode relaxar."

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