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F1: O que mantém brasileiros atraídos pelo esporte mesmo sem pilotos nacionais

Lewis Hamilton faz comemoração de Ayrton Senna com a bandeira do Brasil em Interlagos Imagem: Kym Illman/Getty Images

04/11/2024 08h00

O Grande Prêmio de São Paulo chegou ao fim neste domingo com a vitória de Max Verstappen. O evento levou diversas pessoas ao Autódromo José Carlos Pace. O público brasileiro mostrou que, mesmo sem um piloto nacional, segue apaixonado pela Fórmula 1.

A Gazeta Esportiva esteve em Interlagos todos os dias e conversou com alguns brasileiros para entender o que os mantém ligados ao esporte. Um dos fatores que mais chama a atenção das pessoas é a imprevisibilidade.

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"Acho que é um dos poucos esportes do mundo que é completamente imprevisível. Tem tanta variável envolvida que você não sabe o que pode acontecer e essa é uma emoção que dá pra comparar. E mesmo sem brasileiros no grid por enquanto, eu acho que nosso legado ressoa muito ainda no esporte, sem falar que esse sentimento de "a qualquer momento" tem trazido muito mais gente de volta", disse Amanda.

A jornalista de 23 anos herdou a paixão pela F1 da família. Hoje, ela tem uma página nas redes sociais para falar de automobilismo e já conta com 55,5 mil seguidores.

"Minha família toda sempre foi muito fã. Meus avós sempre acompanharam e passaram esse gosto para os meus pais, que meio que me passaram quase que por genética. Meu padrinho tem pilhas de fotos do Senna nas câmeras antigas que ele levava pro autódromo, meu pai tem fitas e fitas gravadas das vitórias dele. Então, gosto de dizer que tem dedinho do Ayrton também", completou.

A publicitária Sofia, de 23 anos, segue a mesma linha de raciocínio.

"É um esporte que tudo pode acontecer a qualquer momento, é muito rápido. Quem gosta de emoção, gosta de Fórmula 1. Tem corridas chatas? Sim, mas é sempre uma caixinha de surpresas. Adoro coisas rápidas, que tem que pensar, um errinho pode custar a corrida. Esses bastidores deixam a F1 ainda mais divertida", relatou.

Caroline Conter, de 36 anos, saiu de Canoas, no Rio Grande do Sul, para assistir à corrida de perto. Para ela, o lado estratégico é o que mais desperta curiosidade.

"Eu gosto muito de esportes, todos possíveis e acompanhava F1 com meu pai. Eu gosto da sensação que o esporte me causa, seja praticando ou assistindo. É um momento de 'desligar o cérebro', só curtir. A F1 é um esporte de elite, algo que nós, meros mortais, nunca vamos praticar, então assistir e presenciar esse evento é algo que foge da nossa realidade", disse.

"Nos faz imaginar como é, o que eles sentem durante uma curva, uma ultrapassagem. Gosto muito da estratégia, não é só correr, tem o tempo de box, pneus, adversário...mil coisas, bem como o carro, a ousadia na pista. É uma adrenalina maravilhosa de assistir e da muita vontade de participar", ampliou.

Quem também saiu de outro estado para acompanhar o GP foi Lucas. O cruzeirense de 24 anos é de Belo Horizonte, Minas Gerais.

"O clima da Fórmula 1, você conversa com pessoas de diversos lugares do mundo, isso me deixa me mantém antenado. E ver todos os pilotos também nessa adrenalina máxima é muito legal", disse à reportagem.

E a Fórmula 1 desperta o interesse de pessoas de todas faixas etárias. Com apenas 13 anos, Giovana se tornou fanática pelo esporte recentemente, por influência da família, que gostava de ver Ayrton Senna.

"Eu comecei a acompanhar a Fórmula 1 esse ano, pelo Leclerc, gosto muito dele. Eu continuo me mantendo assim porque eu sinto uma energia muito grande, mesmo sem pilotos brasileiros. Minha família sempre teve um interesse muito grande pelo Senna, isso me despertou o interesse também. Hoje sou fanática por Fórmula 1", disse.

Já Francisco Neto tem 60 anos e se conectou com o automobilismo ao acompanhar Nelson Piquet e Senna.

"Eu gostava muito do Piquet. Achava ele muito bom e depois teve a rivalidade com o Senna, que também era excelente. Gosto muito do Senna. Eu sempre fui aquela pessoa que acordava de madrugada para assistir as corridas. Domingo era sagrado assistir", contou.

"O que mais me atrai é a adrenalina de correr em alta velocidade, com um carro sempre muito próximo um do outro, o piloto, o reflexo que eles têm que ter, as rodas, essas coisas de carro", finalizou.

Agora, os fãs da Fórmula 1 aguardam 2025 para viver essa experiência mais uma vez.

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