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Wimbledon adota 'VAR' do tênis e vai encerrar tradição de quase 150 anos

Árbitro de linha em Wimbledon durante partida de Djokovic, em 2023 - Julian Finney/Getty
Árbitro de linha em Wimbledon durante partida de Djokovic, em 2023 Imagem: Julian Finney/Getty
do UOL

Do UOL, em São Paulo

09/10/2024 12h15

Winbledon não terá árbitros de linha pela primeira vez em 147 anos.

O que aconteceu

O tradicional torneio na Inglaterra vai adotar em 2025 o "VAR do tênis", conhecido como "Chamada de Linha Eletrônica" (ECL, na sigla em inglês). O anúncio foi feito pelo All England Club, que organiza o campeonato.

A tecnologia substituirá os árbitros de linha, que atuam desde a primeira edição, realizada em 1877. Ficará, portanto, responsável por indicar se a bola pegou fora ou se houve alguma falta. Com isso, a tradição que durou 147 anos chegará ao fim.

Wimbledon se junta a outros grand slams que implementaram a arbitragem de vídeo. Wimbledon possui há anos uma parceria com a Hawk Eye, empresa que desenvolveu a tecnologia, mas a utilizava de diferentes formas e ainda não havia trocado os juízes que ficam na lateral das quadras.

A Chamada de Linha Eletrônica será utilizada em todos os torneios do ATP Tour a partir do ano que vem. A tecnologia foi testada inicialmente em torneio da Federação Internacional de Tênis (ITF) em 2006 e aprovada para uso como sistema em tempo real em junho de 2020. A primeira vez em uma competição da ATP foi em 2017, em Milão.

O próximo torneio de Wimbledon será disputado entre 30 de junho e 13 de julho de 2025. Os campeões da última edição foram Carlos Alcaraz e Barbora Krejcikova.

Em esportes onde não existe um espaço interpretativo, como é o caso do futebol, a tecnologia pode assumir o protagonismo. No caso de Wimbledon, ela pode trazer uma maior precisão para a definição de lances em que os atletas podem levantar dúvidas sobre a posição da bola na quadra, se pegou ou não na linha. Pela notícia, lances como quando a bola pega na rede ainda dependeriam da análise do árbitro central. Em breve, vejo sensores nas redes substituindo esse monitoramento, o que deixaria a cargo do árbitro central, mais a condução das condutas dos atletas e intervenções junto ao público.
Renato Monteiro, Head de Experiência e Mercado da Keeggo consultoria de tecnologia

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