LaLiga pedirá prisão de organizadores de campanha racista contra Vini Jr
A LaLiga adotou postura de tolerância zero com uma campanha racista e de ódio contra Vinicius Jr, marcada para o clássico entre Atlético de Madri e Real Madrid. O duelo será disputado neste domingo (29), na casa do Atleti.
O que aconteceu
A liga espanhola anunciou que vai denunciar e pedir a prisão imediata dos organizadores da ação. Nos últimos dias, um grupo instigou que torcedores fossem ao jogo com máscaras para poderem xingar o atacante brasileiro sem serem reconhecidos. A campanha feita nas redes sociais foi chamada de #MetropolitanoConMascarilla.
A LaLiga repudiou a campanha discriminatória e destacou que não tolerará tal comportamento. Em comunicado, afirmou que trata-se de um crime e que prejudica a imagem do esporte e do país.
A LaLiga informa que fará denúncia formal e solicitará a prisão imediata dos instigadores de uma campanha de ódio que busca promover atos racistas e humilhantes na próxima partida entre Atlético de Madri e Real Madrid. A referida campanha constitui um crime de incitação ao ódio, claramente tipificado no Código Penal. LaLiga, em nota
A LaLiga condena veementemente essas ações que incentivam, promovem e incitam direta ou indiretamente o ódio contra uma pessoa específica, neste caso o jogador Vinicius Jr, com base em sua raça. A LaLiga não tolerará esse tipo de comportamento em nenhuma circunstância. Esses atos não apenas prejudicam a imagem do esporte e do nosso país.
Vini Jr é vítima de recorrentes ataques racistas no futebol espanhol nos últimos anos. O brasileiro sofre com perseguição de torcedores de diversos times adversários, e tal questão virou motivo de polêmica no país. O atacante disse recentemente que a Espanha não deve sediar a Copa de 2030 se não evoluir no combate ao racismo e foi rebatido por Carvajal, seu companheiro de equipe.
Racistas estão sendo punidos por tais atos, mas alguns casos não são punidos. Só da torcida do Atlético, Vini foi alvo de mais de três episódios de ofensas raciais. O clube passou impune da última vez, registrada em abril.