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'Campo fala': por que treinos e jogos indicam fim de Gabigol no Flamengo

do UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

18/09/2024 05h30

Não há circunstância no Flamengo que torne Gabigol novamente titular. Pelo menos é isso que a comissão técnica indicou nos dois primeiros jogos após a lesão de Pedro. Terceira opção para o comando do ataque, o ciclo do jogador parece caminhar para o fim. No dia a dia, com rendimento abaixo do esperado nos treinamentos, todos percebem o descontentamento do camisa 99 com a situação e o clima é de fim de festa.

O que aconteceu

A resposta do por que os treinos e jogos indicam o fim desse relacionamento é quase óbvia: Gabigol não está rendendo em nenhum dos dois. A postura em alguns momentos do dia a dia também causa certo incômodo. Quando ganha minutos, o camisa 99 não agrada.

Bruno Henrique foi escolhido como titular mesmo sem treinar na véspera do clássico. O atacante foi poupado da atividade por desgaste, mas iniciou a partida contra o Vasco. Mesmo assim, o testado no time foi Carlinhos.

Gabigol já não tem a mesma postura de antes. Mais "na dele", o atacante não vem tendo boas avaliações da comissão durante os treinamentos, seja pela intensidade ou pelo rendimento. Mesmo que Carlinhos também não seja um destaque, o ídolo está menos prestigiado.

Gabi deixa claro que não está feliz. Durante as atividades o atacante já fez comentários sobre o fato de receber poucos minutos. Por mais que tente reverter o cenário quando entra em campo, ele não entende a decisão da comissão sobre a não utilização.

Vários fatores causam esse "desânimo". Um deles são as declarações de dirigentes do Flamengo deixando claro que as chances de renovação são extremamente baixas. Além disso, o fato de não receber chances no time titular e entender que sob o comando de Tite isso dificilmente vai mudar também contribuem.

Tite costuma dizer que "o campo fala" e, no caso de Gabigol, não tem dito coisas positivas. Seja pelo rendimento abaixo do esperado nos treinamentos ou durante as partidas.

Relacionado em 33 jogos da temporada, Gabi foi titular em três. Dois deles no Campeonato Carioca e um no Brasileirão, contra o São Paulo, quando o Fla teve a maior parte do time reserva. O fato de entrar muitas vezes com a equipe já desmanchada também é algo que incomoda o atacante.

Gabriel tem sido usado mais como meia do que pelo ataque necessariamente na posição de Pedro. Contra o Vasco e o Bahia, ele entrou já na reta final na vaga de Arrascaeta. Houve entusiasmo para buscar a vaga em certo momento, mas o quadro atual é de menos confiança.

Gabigol está perto de completar 300 jogos com a camisa do Flamengo. Ele é o atleta mais longevo do atual elenco e soma 296 partidas. São 157 gols, 44 assistências e 12 títulos conquistados.

Ainda não há definição sobre o futuro. Nem sobre uma saída e nem sobre, quem sabe, uma possibilidade de permanecer no clube. O Flamengo deixou claro que chegou ao teto oferecendo uma renovação de um ano com aumento salarial de quase 50%.

O Gabriel é um grande ídolo do Flamengo. A história está marcada junto com a história dele. O que ajudou nas conquistas é incontestável. Houve uma queda clara no desempenho do jogador. Quando fazemos uma proposta, analisamos o contexto todo. O prazo da proposta? temos confiança nessa capacidade de recuperação que fizemos uma proposta de um ano. Todo mundo pode passar por um período que o desempenho não é tão bom. E estamos dispostos a fazer essa aposta. O comportamento que teve em 2023 e 2024 é difícil fazer uma proposta de quatro anos nos valores solicitados no processo inicial. A proposta está na mesa. Mas hoje o processo é controlado por ele. A decisão está nas mãos do Gabriel. Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, em entrevista à TNT Sports nesta terça-feira

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