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Definição da CBF não impede confusão de uniformes em jogos do Brasileirão

Danilo Barbosa disputa bola com Rodrigo Garro no Botafogo x Corinthians - Thiago Ribeiro/AGIF
Danilo Barbosa disputa bola com Rodrigo Garro no Botafogo x Corinthians Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF
do UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/09/2024 05h30

Da combinação inicial dos uniformes de Botafogo e Corinthians, só restou uma camisa listrada ao fim da partida.

Branco de um lado, detalhes em preto de outro e um cenário de confusão marcaram o início da partida e o primeiro tempo dos dois alvinegros, no jogo deste sábado (14), no Nilton Santos, pelo Brasileirão.

Calhou de os próprios clubes encontrarem a solução para o segundo tempo. Tudo porque o que foi definido antes do jogo por parte da CBF, na prática, não deu match.

Mas o que não casou bem nisso tudo?

Como a CBF define os uniformes

A definição dos uniformes para os jogos do Brasileirão é feita em um sistema da CBF chamado Gestão Web. E isso não foi suficiente para evitar a confusão.

Nesse sistema, os dois times envolvidos apontam qual conjunto pretendem usar. O dono da casa tem a preferência para usar o uniforme número 1, conforme o Regulamento Geral de Competições (RGC). Assim fez o Botafogo.

Diante do que é apontado pelos clubes no sistema, a diretoria de competições da CBF checa e confirma aos envolvidos qual roupa eles vão usar.

A atribuição da CBF para bater o martelo sobre uniformes é reforçada em outro documento, a ata de organização do jogo, fechada na federação em que o jogo acontece. No Rio, a Ferj. O delegado da partida e os clubes já sabem qual foi a designação da CBF.

Há a orientação para o funcionário responsável observar rodadas anteriores e estimar como ficará a combinação para as partidas subsequentes. Na prática, isso está sujeito a escolhas não tão certeiras.

O uniforme do Corinthians, por seus detalhes pouco convencionais deste ano, esteve mais uma vez em meio a uma confusão. Já tinha acontecido contra o Atlético-MG, que também usa listras verticais e calção preto.

Atraso no jogo

Na noite deste sábado, bastou terminarem o hino e os cumprimentos para os capitães de Botafogo e Corinthians, Marlon Gomes e Romero, ponderarem com a arbitragem que poderia haver confusão.

Segundo a súmula do árbitro Anderson Daronco, houve atraso de quatro minutos para o início da partida. A situação gerou aquela sensação: isso não poderia ter sido resolvido antes? Certamente, até no sistema da CBF.

Em campo, ao fim das contas, "chegou-se ao consenso de iniciar o jogo" do jeito que cada time estava. Mesmo com o Corinthians já trazendo à beira do campo as camisas pretas.

No jogo, não foi possível perceber erros de passes causados pelos uniformes. Tampouco isso influenciou no pênalti perdido por Romero.

A troca para o segundo tempo

No intervalo, ainda segundo a súmula, "ambas as equipes se prontificaram em mudar seus uniformes". O Botafogo adotou meiões e calções brancos. O Corinthians voltou todo de preto. Aí, sim, ficou mais claro o contraste de lado a lado.

Allex Teles dá carrinho diante de Matheuzinho no Botafogo x Corinthians - Thiago Ribeiro/AGIF - Thiago Ribeiro/AGIF
Allex Teles dá carrinho diante de Matheuzinho no Botafogo x Corinthians
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Com um gol para cada lado na etapa final, o Botafogo venceu por 2 a 1 e aumentou a distância na liderança do Brasileirão.

Atrasos de partida geralmente são punidos com multa no STJD. O valor praticado é de R$ 1.000 por minuto. Resta saber como será o comportamento do tribunal, já que, na origem, a demora se deu por conta da discussão sobre uma escolha da CBF.

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