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São Paulo: trabalho de Zubeldía tem heranças de Ceni, que vive jejum

do UOL

Alexandre Araújo e Bruno Madrid

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP)

30/06/2024 04h00

O técnico Luis Zubeldía ainda enfrenta o começo de trabalho no São Paulo e, em sua trajetória no MorumBis, vê algumas heranças de Rogério Ceni, hoje treinador do Bahia, rival desta tarde, pelo Campeonato Brasileiro. O ex-goleiro, inclusive, vive um jejum contra os paulistas.

Legado do ídolo?

Nomes que se mostram importantes no atual elenco conquistaram espaço justamente sob a última gestão de Ceni no Tricolor — a passagem do ídolo durou entre 2021 e 2023.

Rafael, Alan Franco e Juan são alguns exemplos. Os dois primeiros foram contratados sob comando de Ceni e o segundo se firmou de vez entre os profissionais com o ex-goleiro. A lista ainda tem Jhegson Méndez, que está emprestado e pode retornar.

Rafael chegou ao São Paulo por indicação de Ceni. O então treinador tricolor tinha trabalhado com o goleiro nos tempos de Cruzeiro.

"Se estou hoje no São Paulo, devo muito ao Rogério", disse Rafael ao falar sobre o ex-treinador após a conquista da Copa do Brasil do ano passado, já com Dorival Júnior à beira do gramado.

Rafael faz a defesa durante São Paulo x Cruzeiro, jogo do Campeonato Brasileiro - GUSTAVO MOTTA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - GUSTAVO MOTTA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Rafael faz a defesa durante São Paulo x Cruzeiro, no Brasileiro
Imagem: GUSTAVO MOTTA/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Calleri fez um agradecimento ao Rogério que eu achei muito válido. No início do ano, a chegada de vários jogadores foi questionada e ele (Rogério) bancou. Eu fui uma dessas pessoas. Se estou hoje no São Paulo, se deve muito ao Rogério". Rafael, em entrevista ao De Primeira, do Canal UOL

Alan Franco foi anunciado em janeiro de 2023. O nome já estava no radar do clube desde quando Hernán Crespo era o técnico, mas ele chegou quando Ceni já estava no comando e tornou-se xodó do técnico.

Já Juan foi uma aposta do hoje treinador do Bahia. O jovem atacante até estreou em 2019, mas retornou à base e só foi promovido, de fato, após a Copinha de 2023.

Com Zubeldía, o jogador já atuou em dez partidas. Ele tem sido opção para o setor ofensivo e é acionado com frequência — entrou na reta nas duas últimas partidas, contra Vasco e Criciúma, por exemplo.

O caso de Méndez é um pouco diferente. O volante estava emprestado ao Elche, da Espanha, e é observado pela comissão técnica para ver se fica para o restante da temporada.

O equatoriano foi um pedido de Ceni em 2023, mas não engrenou. O treinador enxergava que poderia utilizá-lo como segundo volante, mas logo entendeu que não conseguiria colocar sua ação em prática. Como consequência, o jogador perdeu espaço.

Zubeldía já admitiu que há carência de opções de volantes no elenco. Além de Méndez, a comissão técnica observa Liziero, que estava emprestado ao Yverdon, da Suíça.

Não é um plantel muito grande. Sofremos a lesão do Pablo Maia, conseguimos repor com o rendimento alto de Alisson, de Luiz Gustavo, com Galoppo ou Bobadilla. Seria para incorporar um jogador na zona média, que é muito importante no esquema de jogo". Zubeldía

Ceni nunca venceu São Paulo

Rogério Ceni tenta quebrar um tabu. Um dos grandes ídolos da história do Tricolor, ele nunca venceu o ex-clube como treinador.

Foram nove jogos até aqui como comandante do Fortaleza, do Flamengo e do próprio Bahia. Ao todo, são dois empates e sete derrotas.

O Bahia está na segunda colocação do Brasileiro, mas Ceni aponta o São Paulo como um dos postulantes ao título.

Vejo o São Paulo como um dos candidatos a estar entre os quatro primeiros colocados, até a título. É um time fortíssimo. Quando joga em casa, pressão de torcida, 40, 50 mil pessoas no Morumbi, é difícil de enfrentar". Ceni, após a vitória sobre o Vasco, na última quarta-feira

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