Após a estreia da Argentina na Copa América, com vitória por 2 a 0 sobre o Canadá, a comentarista Milly Lacombe disse ao Fim de Papo, no canal do UOL, que é bonito de se ver o entrosamento dos atuais campeões do mundo.
Na opinião da jornalista, os comandados de Lionel Scaloni estão mais confiantes em relação à Copa do Mundo no Qatar, mas não mudaram a maneira de jogar — em função de Messi. Milly disse que o time todo se desenha para o que o camisa 10 faz em campo — que, às vezes, é ficar parado.
A Argentina se comporta como campeã do mundo. É o mesmo time da Copa do Qatar, mas cheio de confiança. Pode ser bom e pode ser ruim. Acho que foi ruim, em alguns momentos contra o Canadá, porque a Argentina perdeu gols por pura displicência, achando que marcaria quando quisesse. Mas tem algumas coisas importantes: o entrosamento é bonito de se ver. Hoje, os jogadores tocam sem nem olhar para o lado. [...] Todos comemoraram o primeiro gol com o MacAllister, que estava caído, mostrando um tipo de solidariedade que não se vê tanto. [...] A maior diferença que eu vi é que o time joga para o Messi. Já era assim na Copa, mas agora é escancarado. O Messi fica onde quiser. O Messi diz onde vai ficar. O time se redesenha para ele. Quando o time se defende, o Messi fica ali, na linha, para não ficar impedido. O time inteiro está organizado para isso.
Milly Lacombe, no Fim de Papo
Para Alicia Klein, Messi continua a ter um bom desempenho na seleção, mesmo jogando em uma liga teoricamente menos competitiva. A comentarista entende que ele compensa a queda na velocidade — natural com o passar dos anos — com a característica de sempre encontrar os melhores espaços em campo
O Messi, para quem está nos EUA, a gente poderia esperar um tipo de declínio, pela idade, mas não vemos. Ele tem essa vantagem de o time jogar para ele. E o Scaloni sempre falou isso. O que eu admiro é que ele fez isso abertamente. Esse é o time do Messi. Ele joga o quanto quer. E funciona. Ele jogou mais avançado no primeiro tempo e faz armação no segundo - e vai bem, dá uma assistência. E tem uma característica dele que a idade não tira, que é encontrar os espaços. Ele não precisa da velocidade. Com dois toques, está de cara com o goleiro. Não foi muito eficiente como atacante hoje, mas serviu bem os companheiros. É o Messi e sempre vai causar problemas para o adversário.
Alicia Klein, ao Fim de Papo
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