CBF explica impedimento de Gabigol contra Athletico e vê acerto do árbitro
Wilson Luiz Seneme, presidente da comissão de arbitragem da CBF, explicou a análise da arbitragem feita no lance em que o gol de Gabigol, do Flamengo, foi anulado por impedimento, no duelo com o Athletico-PR, pela Copa do Brasil.
"O corpo inclinado tem uma tendência a enganar o visual. Quando colocarmos a segunda linha, é que podemos ter o resultado final. Antes disso, não é possível ", diz Seneme, no vídeo.
O que aconteceu
A CBF divulgou o vídeo mostrando o processo no VAR feito para que fosse determinado que o atacante do Fla estava em posição irregular.
No vídeo, Seneme e Péricles Bassols, gerente técnico do VAR, discutem como foram traçadas as linhas.
O presidente da comissão de arbitragem explica o motivo de a linha referente a Gabigol não ter sido exatamente no ombro.
"Normalmente, as pessoas pensam que essa faixa branca da camisa (aponta para o ombro), é a referência do meu ombro, mas não é. A regra, claramente, mostra que, no final da axila, tenho de traçar uma linha horizontal, que abrange a área do final do braço do jogador. O ombro não é na costura da camisa, é toda a região, inclusive uma pequena parte do braço", disse Seneme.
"Isso é importante. Faz diferença grande, nessas horas, as pessoas não confundirem [achando que] tem de colocar a linha nesta parte vertical do ombro. Não. A linha é traçada no final da axila. Isso não é minha opinião, é texto de regra", completou.
Seneme ressalta ainda que, ao analisar a imagem ampliadas com as linhas, há espaço entre elas, com a referente a Gabigol à frente:
"A linha só ficaria azul e beneficiaria o ataque se estivessem sobrepostas. Mas vemos, claramente, que estão afastadas e a vermelha está na frente".
Seneme também comentou sobre a alegação de alguns torcedores do Flamengo, que contestaram a câmera utilizada pelo VAR.
"Ouvi, desde ontem, de que a melhor câmera seria a câmera 1, a chamada câmera-master. A opção da câmara é uma opção de referência do árbitro de vídeo, para maior segurança do resultado final. O importante é que se saiba que, independentemente da câmara que se trace a linha, o resultado é o mesmo, porque estão sincronizadas entre elas e calibradas com as linhas do campo. Se não, a Fifa não aprovaria essa ferramenta", apontou.
Durante o processo utilizando a câmera 1, Seneme diz que "parece mais difícil identificar o ombro do atacante por essa câmera porque estou vendo ele por trás. Tenho mais visão do braço que do ombro, onde deveria colocar a linha".
Ao fim, ele ressalta: "Independentemente da câmera que eu eleja, o resultado final, nesta jogada, vai dar impedimento".