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Nova prisão de Daniel Alves já recebeu ex-presidente do Barcelona; conheça

Visão externa da Brians 2, onde Daniel Alves está preso desde a manhã de hoje - Divulgação
Visão externa da Brians 2, onde Daniel Alves está preso desde a manhã de hoje Imagem: Divulgação
do UOL

Do UOL, em São Paulo

23/01/2023 13h29

Daniel Alves foi transferido para uma prisão diferente na manhã de hoje, por questões de segurança.

O local é muito diferente da média das penitenciárias brasileiras, pois tem uma série de serviços e espaços à disposição dos presos: consultório médico, oficinas para trabalho, sala de estar, aulas educativas, cabeleireiro, ginásio, pista para corrida e caminhada, além de áreas com jardins para recreação. A prisão tem 1.008 celas em 111.450 m² de área construída, quase o dobro da Brians 1.

O complexo é conhecido na Espanha como "prisão dos famosos". A Brians 2 fica a apenas algumas centenas de metros da Brians 1, de modo que a transferência de Daniel Alves foi um trajeto de poucos minutos.

Um ex-presidente do Barcelona esteve preso lá por sete meses, entre 2017 e 2018, durante o julgamento por suposta lavagem de 20 milhões de euros (cerca de R$ 112 milhões) em comissões ilegais do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Ele acabou absolvido após 22 meses de prisão provisória.

A justificativa para a transferência foi a segurança de Daniel Alves, que é uma pessoa famosa. Brians 2 tem cerca de 80 detentos por módulo, contra quase 200 de Brians 1. A tentativa é reduzir o impacto da presença do brasileiro na rotina normal do funcionamento da prisão, o que fica mais fácil em uma unidade com menos presos.

Uma das celas da Brians 2, prisão para a qual Daniel Alves foi transferido hoje - Divulgação - Divulgação
Uma das celas da Brians 2, prisão para a qual Daniel Alves foi transferido hoje
Imagem: Divulgação

O que já aconteceu na Brians 2

Ficou famosa mundialmente após a morte de John McAfee, em junho de 2021. Ele ficou detido por oito meses, preso por supostamente sonegar milhões de dólares em impostos de lucros com criptomoedas. Foi encontrado morto em sua cela horas após a Espanha aceitar o pedido de extradição feito pelos EUA. A investigação apontou suicídio, mas a família questionou esta versão, e o corpo ficou mais de um ano no necrotério da prisão.

Foi palco de cenas de violência em maio de 2022, quando um detento acusado de três homicídios agrediu cinco funcionários da Brians 2. Ele estava sendo transferido de cela, e nenhum funcionário ficou ferido gravemente.

Um grupo de funcionários também traficava drogas para dentro da prisão, conforme a polícia espanhola descobriu há cerca de um ano. Quatro foram presos por facilitar a entrada de entorpecentes e celulares em troca de pagamentos.

Em 2020, um detento matou outro com 30 punhaladas, dentro da Brians 2. O módulo onde o crime aconteceu tinha 95 presos sob responsabilidade de apenas dois funcionários. O responsável estava preso por assassinato, e a vítima, por tráfico de menores e agressões a mulheres.

Área externa da Brians 2, prisão para onde Daniel Alves foi transferido hoje, em Barcelona - Divulgação - Divulgação
Área externa da Brians 2 tem quadras e jardins, entre outros espaços de convivência
Imagem: Divulgação

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