Palmeiras goleia o Boca e é campeão invicto da Libertadores feminina
O Palmeiras é campeão da Libertadores feminina. O título na competição entre as mulheres é inédito e foi conquistado na noite de hoje (28), em Quito (Equador), com vitória por 4 a 1 sobre o Boca Juniors na final. Gritos de olé já nos acréscimos exaltaram a boa atuação da equipe brasileira.
Ary Borges, Byanca Brasil, Poliana e Bia Zaneratto fizeram os gols das Palestrinas, que levaram vantagem na bola aérea e garantiram o troféu para o Brasil — o país agora tem 11 conquistas em 14 edições do torneio. Brisa Priori descontou para as argentinas, ainda no primeiro tempo.
Com o triunfo, o Palmeiras encerra a sua primeira participação na Libertadores feminina com uma campanha perfeita.
Foram seis vitórias em seis jogos, já contando a decisão desta sexta. O Boca, que fica com o vice-campeonato, segue sem este troféu na galeria.
Na primeira fase, o Palmeiras bateu Libertad Limpeño-PAR (3 a 0), Ind. Dragonas-ECU (7 a 0) e Universidad de Chile-CHI (2 a 1).
Nas quartas de final, a vítima foi o Santiago Morning-CHI (2 a 1). Na semifinal, as Palestrinas despacharam o América de Cali-COL, com vitória por 1 a 0.
Quem foi bem: Ary Borges
O gol logo no início da partida parece ter dado a confiança necessária para Ary Borges virar a dona do meio de campo na decisão.
A jogadora palmeirense criou jogadas, desarmou e deu o ritmo ao time brasileiro, que explorou bem os contra-ataques.
Nem mesmo o cartão amarelo, que deixou a atleta pendurada, inibiu uma atuação consistente.
Palmeiras começa ligado nos dois tempos
As Palestrinas começaram em cima do Boca nos dois tempos. No início do jogo, Ary Borges aproveitou uma falha da zaga e colocou o Verdão em vantagem. Em seguida, as argentinas entraram no jogo e dominaram a etapa inicial, com o 1 a 1 ficando bom para o clube brasileiro.
A estratégia palmeirense deu resultado também no segundo tempo. O Alviverde começou em cima, voltou a ter vantagem e deixou o Boca em situação desconfortável.
Boca coloca pressão e dá trabalho
Uma das marcas do time do Boca é a força mental. Assim a equipe se garantiu na decisão e deu bastante trabalho às Palestrinas. Sem se incomodar com os gols no início de cada tempo, as argentinas marcaram pressão, exploraram jogadas em velocidade e colocaram a goleira Jully para trabalhar.
Palmeiras se garante na bola aérea
Com quatro minutos de jogo, o Palmeiras balançou a rede após uma bola parada. Cobrança de falta para a área, a zaga afastou mal e Ary Borges foi oportunista. Ciente de que esta seria uma arma interessante contra as argentinas, as Palestrinas apostaram nas bolas aéreas e tiveram êxito. De cabeça, o Verdão retomou e ampliou a vantagem (gols de Byanca Brasil e Poliana).
Arbitragem
A arbitragem teve uma atuação tranquila e não interferiu no resultado da final da Libertadores. As equipes, é verdade, contribuíram com um jogo leal e de poucas faltas duras. No gol de Brisa Priori, do Boca, no primeiro tempo, o VAR salvou a assistente que havia apontado posição irregular da atacante de forma errada.
O que decidiu a partida
O gol de Poliana, aos 12 minutos do segundo tempo, foi essencial para o Palmeiras no confronto. A equipe treinada por Ricardo Belli abriu dois gols de vantagem no marcador, deixou as adversárias em situação complicada e passou a controlar a decisão, principalmente no jogo mental.
Ficha técnica
BOCA JUNIORS 1 X 4 PALMEIRAS
Competição: Copa Libertadores feminina
Local: Estádio Casa Blanca, em Quito (Equador)
Data e horário: 28 de outubro de 2022, às 19h (de Brasília)
Cartões amarelos: Yamila Rodríguez e Jorge Martínez (Boca Juniors); Duda Santos, Camilinha, Ary Borges e Bia Zaneratto (Palmeiras)
Gols: Ary Borges, aos 4' 1ºT, Brisa Priori, aos 14' 1ºT, Byanca Brasil, aos 3' 2ºT, Poliana, aos 12' 2ºT, e Bia Zaneratto, aos 44' 2ºT
BOCA JUNIORS: Laurina Oliveros; Julieta Cruz (Espíndola), Adriana Sachs, Mayorga, Celeste dos Santos; Preininger, Clarisa Huber (Melanie Concha), Gómez Ares; Brisa Priori (Urbani), Yamila Rodríguez e Andrea Ojeda (Palomar). Técnico: Jorge Martínez.
PALMEIRAS: Jully; Bruna Calderan, Poliana, Júlia Bianchi, Katrine (Juliana); Andressinha, Ary Borges, Duda Santos (Carol Baiana), Camilinha (Day Silva); Byanca Brasil (Patrícia Sochor) e Bia Zaneratto. Técnico: Ricardo Belli.
