Grêmio usa máscaras em protesto por ter que jogar em meio a epidemia de coronavírus
Por Andrew Downie
PORTO ALEGRE (Reuters) - Jogadores do Grêmio foram a campo usando máscaras neste domingo, em protesto por terem que jogar uma partida de futebol em meio à crescente epidemia de coronavírus no Brasil.
Os jogadores, liderados pelo treinador Renato Gaúcho, saíram do túnel para enfrentar o São Luiz e alinharam-se antes da partida usando máscaras brancas sobre os seus rostos.
“Este protesto dos jogadores deixa implícito nosso apoio à interrupção do campeonato”, afirmou o diretor de futebol do Grêmio, Paulo Luz, em declarações publicadas pelo site UOL. “A vida tem que ser priorizada”.
Não houve torcida na Arena do Grêmio para a partida válida pelo Campeonato Gaúcho.
Os protestos foram realizados em momento em que jogadores e clubes ao redor da América do Sul começam a reclamar das decisões de autoridades do futebol de ordenar que o calendário de jogos siga em frente, mas com portões fechados.
O treinador do Flamengo, Jorge Jesus, apelou para que o futebol fosse paralisado, dizendo que jogadores precisavam ser protegidos porque não são “super-humanos”.
Na Argentina, o River Plate recusou-se a jogar pela Copa da Superliga contra o Atlético Tucumán, no último sábado. O clube de Buenos Aires fechou seu estádio, deixando os árbitros e a equipe do Atlético do lado de fora.