Rafael Cardoso pode culpar a Justiça por 'demora' em ver os filhos? Entenda

Mais uma vez Rafael Cardoso, 39, culpou a "morosidade da Justiça" por estar há mais de um ano sem ver presencialmente seus dois filhos com Mari Bridi - de quem se separou em 2022 - Aurora, 10, e Valentim, 6.

O que aconteceu

Recentemente, o ator compartilhou momentos fofos com sua caçula, Helena, da relação com a ex Carol Ferraz. Em seu perfil no Instagram, ele postou fotos brincando de pintura com a criança e simulou um selinho na filha.

Na legenda, Rafael falou do amor pela menina. "Amor e mais amor! Agradeço todos os dias a oportunidade de poder viver esta alegria, de poder acompanhar cada momento. Viva todos os papais e todas as mamães".

A postagem acabou recebendo críticas. Alguns seguidores destacaram o distanciamento dele com Aurora e Valentim. Outro seguidor defendeu Rafael e disse que ele é um "cara top" e que também "tem o direito de errar".

Rafael agradeceu o apoio e criticou a Justiça por não conseguir ver os dois filhos. "Obrigado, querido. Gente desinformada. E não é porque a Justiça com sua morosidade não me permite conviver com meus filhos, assim como a má vontade e outras questões de terceiros, que eu não vou curtir minha filha e minha família atual. Mas obrigado de verdade pelo carinho. Temos que fazer o melhor que podemos com aquilo que temos. E assim sigo meu caminho".

Ator pode culpar a justiça?

Rafael Cardoso pode acionar a Justiça para tentar garantir o direito de conviver com os filhos. Segundo Vanessa Paiva, advogada especialista em Direito de Família e Sucessões, o convívio parental é um direito tanto da criança quanto dos pais, e, em regra, ele só pode ser restringido por decisão judicial — principalmente se houver risco à integridade física ou emocional dos menores.

No entanto, é importante destacar que, nesse caso, já existem medidas protetivas impostas judicialmente, o que significa que a Justiça reconheceu indícios de comportamentos que colocariam as crianças (ou a mãe delas) em risco. A própria Mariana Bridi revelou que existem processos relacionados a violência emocional, psicológica e um histórico de descontrole, incluindo questões como uso de drogas e vícios.
Vanessa Paiva, advogada

A especialista diz que quando há esse tipo de histórico, a Justiça age com cautela. Porém, ela explica que isso não significa que o pai perde o direito de convivência, mas que essa convivência pode ser supervisionada ou gradual, respeitando o melhor interesse da criança.

Rafael pode, sim, por meio de seus advogados, solicitar uma revisão das medidas protetivas, pedir audiência de justificação e até entrar com uma tutela de urgência, se provar que está sendo impedido injustamente de ver os filhos. Mas, acima de tudo, a proteção das crianças deve ser medida de prioridade

Entenda

Rafael Cardoso está há mais de um ano sem conviver com Aurora e Valentim. No ano passado, o ator desabafou sobre o distanciamento e disse que "sempre" foi uma pessoa "muito família".

Sempre fui muito família, sempre cuidei dos filhos efetivamente. Não era pai de Instagram. É difícil uma ruptura dessas. Estou há um ano sem vê-los pessoalmente. Tudo isso bagunça a cabeça. Não estou aqui para me vitimizar. Não sou vítima e nem quero ser, mas isso mexe com a gente.

Rafael Cardoso e Mari Bridi foram casados por 15 anos e se separaram em 2022. Por decisão judicial, o ator está proibido de conviver presencialmente com os herdeiros.

Segundo Mari, há duas ações que tramitam na Justiça: uma na vara de família e outra no Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. Até o momento, ela tem a guarda exclusiva dos filhos, decisão "tomada pela vara de família para proteger a integridade física e psicológica dos dois menores até que requisitos legais sejam cumpridos e o convívio presencial com o pai possa ser restabelecido", explicou ela.

Mari também disse que Rafael tem o direito de se comunicar diariamente com Aurora e Valentim, mas "nem sempre" ele faz. "Quando o pai dos meus filhos cumprir os requisitos estabelecidos pela Justiça, ele terá o direito de vê-los presencialmente", completou.