Elisabeth Moss, estrela de "O conto da Aia", não está pronta para despedir da última temporada
Por Danielle Broadway
LOS ANGELES (Reuters) - Como produtora, diretora e atriz principal da série do Hulu vencedora do Emmy "O Conto da Aia", Elisabeth Moss não está pronta para se despedir da dramática e distópica produção após seis temporadas.
"Nos últimos nove anos, houve pouquíssimos períodos da minha vida em que não estive trabalhando nessa série", disse Moss.
"Ainda não me dei conta de que não estou mais interpretando ela (June Osborne)", acrescentou.
Criada por Bruce Miller e baseada no romance homônimo de 1985 da autora canadense Margaret Atwood, a série vai estrear sua sexta e última temporada no Hulu na terça-feira.
A série acompanha o governo extremista religioso totalitário de Gilead, dirigido por homens sedentos de poder que subjugam brutalmente as mulheres após o colapso das taxas de fertilidade e da guerra.
Algumas mulheres, chamadas de servas, são tratadas como reprodutoras, e devem gerar filhos para famílias superiores inférteis.
Moss interpreta uma mulher chamada June Osborne, que é forçada a se tornar uma serva junto com sua amiga Moira Strand, interpretada por Samira Wiley.
Outros membros do elenco incluem Ann Dowd como Tia Lydia Clements, uma mulher encarregada de supervisionar as servas, e Bradley Whitford como Comandante Joseph Lawrence, um líder arrependido em Gilead.
Whitford e Moss acham impressionante o quanto a série se tornou um símbolo do movimento global de direitos das mulheres na vida real.
"Há uma mensagem sobre resistência, que é basicamente o que eu diria que é o tema desta última temporada", disse Whitford.
"Acho que todos nós nos sentimos muito sortudos por fazer parte de algo que está transmitindo essa mensagem", acrescentou o ator, que também estrelou "The West Wing".
Em consonância com isso, Moss refletiu sobre como a temporada final se esforça para criar um impacto maior e destaca a importância da revolução.
"Sinto que nos sentimos muito orgulhosos e honrados pelo fato de as pessoas terem tomado esse programa como um símbolo de resistência e usado aquele traje (de serva) como um símbolo de resistência e por poderem usar esse programa para se encorajar a lutar por aquilo em que acreditam", disse Moss.
Para ela, foi vital ir mais longe do que nunca para o final da série.
"Foi a maior temporada que já fizemos, com mais locações, mais elenco, mais história, mais cenários, tudo o que fizemos foi maior", disse a atriz.
(Reportagem de Danielle Broadway e Rollo Ross)