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Centenas se reúnem para pedir retorno de produção de filmes e TV a Hollywood

07/04/2025 11h00

Por Lisa Richwine

LOS ANGELES (Reuters) - Centenas de membros de equipe, produtores e atores de Hollywood pediram aos parlamentares da Califórnia que aumentem os incentivos fiscais e adotem outras medidas para incentivar a produção de mais filmes e séries de TV em Los Angeles e arredores.

Os manifestantes se reuniram no domingo em um palco de som local para defender a reversão da fuga da produção para outros Estados.

"Faça Hollywood voltar a ser Hollywood", disse Joely Fisher, atriz e secretária-tesoureira do sindicato de atores SAG-AFTRA, sob aplausos.

Figurinistas, construtores de cenários, músicos, produtores e empresários participaram da manifestação. Muitos usavam camisetas com uma citação de "O Mágico de Oz": "Não há lugar como o nosso lar".

Os trabalhadores esperavam uma recuperação da produção em Los Angeles após as greves de roteiristas e atores em 2023, mas o retorno tem sido lento.

Gavin Newsom, o governador democrata da Califórnia, propôs aumentar os créditos fiscais para filmes e TV do Estado para US$750 milhões por ano, em vez de US$330 milhões. Os defensores apoiam a expansão, mas também querem outras medidas, incluindo a facilitação do licenciamento.

"A Califórnia precisa parar de considerar Hollywood como algo garantido", disse a cineasta Sarah Adina Smith, organizadora da campanha "Stay in LA" (Fique em Los Angeles), que tem pressionado os estúdios a aumentarem suas filmagens na cidade.

"Se não estancarmos a sangria, Los Angeles corre o risco de se tornar Detroit", acrescentou. "Essa é uma grande e icônica indústria norte-americana, uma indústria de origem nacional, e estamos perdendo-a em um ritmo alarmante."

Songa Lee, violinista que tocou em trilhas sonoras de filmes nos últimos 25 anos, afirmou que as oportunidades de trabalho em produções sindicais na região caíram de aproximadamente 30 por ano para menos de 10.

"Músicos de todo o mundo se mudaram para L.A. porque sempre havia a ideia de que era possível ter uma vida decente", disse ela. "Se o trabalho não estiver aqui, esse talento não virá mais para cá, o que estamos começando a ver. Estamos perdendo talentos."

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