Picanha e acidente nuclear: como surgiu o nome mais estranho do Lolla 2025?
Picanha de Chernobill é uma das atrações do segundo dia de Lollapalooza Brasil. O nome da banda de rock, que recentemente foi impedida de tocar na Avenida Paulista, em São Paulo, ainda desperta curiosidade entre o público.
Picanha de Chernobill?
Baterista Leonardo Ratão explicou que nome foi dado pelo músico João Vitor Sottili. Ela se baseia em uma expressão popular no Rio Grande do Sul. A declaração foi dada em 2018, em entrevista publicada pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
Chernobill é o mundo, como ele está sendo maltratado. Mas nem tudo está perdido, há uma parte boa, a Picanha. Essa expressão é muito usada no Sul quando acontece algo errado, mas que é resolvido de forma inesperada, espontânea. Ratão, baterista
Banda faz referência ao acidente nuclear de Chernobyl. Em 26 de abril de 1986, às 1h23, o reator número 4 da usina nuclear, a 100 quilômetros da capital ucraniana Kiev, explodiu durante um teste de segurança.
Durante 10 dias, o combustível nuclear queimou e liberou na atmosfera elementos radioativos que contaminaram, segundo estimativas, até 75% da Europa, especialmente as então repúblicas soviéticas da Ucrânia, Belarus e Rússia.
Origem
Grupo, que nasceu em Porto Alegre, hoje também atua em São Paulo. Além de Ratão, a banda conta com Matheus Mendes e Chico Rigo. Eles são conhecidos por shows gratuitos pelas ruas da capital paulista.
Picanha de Chernobill acumula cinco discos. Eles também somam números expressivos nas plataformas de streaming, com mais de 1 milhão de reproduções. Além disso, o trio já fez apresentações pela Europa.
Barrados na Paulista
Integrantes da banda afirmaram que foram proibidos de tocar na Avenida Paulista, na capital paulista, no dia 2 de fevereiro. Eles se apresentariam em um domingo, dia em que a vida fica fechada para carros e recebe programações culturais.
Subprefeitura da Sé negou informação. "São autorizadas apresentações de artistas de rua sem estruturas de palco por coberturas e apenas com instrumentos e som acústico. Shows que contam com palco, geradores e amplificadores são caracterizados como 'evento' e necessitam de licença", informou por meio de nota.