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Porchat idealiza premiação do humor: 'Comediante quase nunca ganha prêmio'

Fábio Porchat no Prêmio I Love PRIO do Humor - Rafael Cusato
Fábio Porchat no Prêmio I Love PRIO do Humor Imagem: Rafael Cusato
do UOL

De Splash, em São Paulo

24/03/2025 05h30Atualizada em 24/03/2025 13h40

Fábio Porchat, 41, criou o Prêmio I Love PRIO do Humor em 2017. Segundo o ator e apresentador, por que a comédia é um gênero sublocado em um lugar afetivo nas premiações. "Comediante quase nunca ganha prêmio. Eu sinto que o Prêmio do Humor faz com que a classe da comédia se una e preste atenção nela mesma", afirma ele.

Oscar, Globo de Ouro. Melhor comédia? 'O Urso' não é comédia. Até quando é prêmio para comédia dão para 'Perdido em Marte', que não é comédia. Então ter um prêmio para a comédia, para valorizar a comédia, para focar a comédia, é uma forma de homenagear esse gênero que faz tanto sucesso, que o brasileiro gosta tanto.
Fábio Porchat, em conversa com Splash

O prêmio é destinado a artistas e espetáculos teatrais de comédia que acontecem em São Paulo e no Rio de Janeiro. A cerimônia na capital paulista aconteceu no dia 17, enquanto a carioca acontece amanhã.

Porchat diz que "adoraria" poder fazer o prêmio em mais capitais, mas, para isso, é necessário fomentar o teatro. "A gente faz Rio e São Paulo porque há uma média de 50, 60 peças por ano acontecendo nessas cidades e, por isso, é possível. Se você tem só cinco peças estreando em uma capital, não tem tanto repertório", diz.

A premiação conta ainda com homenagens a grandes humoristas. Neste ano, os nomes são Saulo Laranjeira, em São Paulo, e Renato Aragão, no Rio. "O Renato com 90 anos, acho que é um nome incrível, um cara que já fez circo, que já rodou tanto. E o Saulo que faz tanto pelo teatro lá em Minas, que revelou tantos nomes, que sempre teve programas para reverenciar àqueles que aí estão e aqueles que estão chegando", diz Porchat.

É muito bom poder homenagear as pessoas em vida para elas saberem que seus pares as respeitam e as aplaudem.
Fábio Porchat

O apresentador, que consagrou o programa Que História É Essa, Porchat? e que segue no stand-up, diz que não tem segredo para não "perder a graça". "É estar o tempo todo assistindo, vendo coisas, lendo, entendendo o que está sendo feito e quando for criar, criar alguma coisa que queira dizer algo realmente. Olhar para o que o público já está cansado, o que o público ainda não viu e tentar criar alguma coisa que, claro, seja engraçado principalmente, porque essa é a primeira função do humor, mas que consiga dar um passo além".

Ele acaba de "fazer as pazes" com a Gkay, com quem se desentendeu publicamente em dezembro de 2022. Na época, a influenciadora não gostou de uma piada feita pelo humorista. Questionado sobre o "limite do humor", ele demonstra o cansaço com o assunto. "Socorro, essa pergunta, acho que é o meu limite", diz rindo.

É uma pergunta completamente infundada, porque não existe o limite do drama, o limite da ficção científica, o limite da poesia. O limite para tudo é a constituição brasileira, e ponto. Criou-se esse folclore do limite do humor. Não há limite para nada, o limite é a lei. Se a lei diz que pode, pode".

Prêmio I Love PRIO do Humor

SÃO PAULO (vencedores em negrito)

TEXTO

  • Aloísio de Abreu e Rosana Ferrão - Gostava mais dos Pais
  • Jô Bilac - Férias
  • Tauã Delmiro - República Lee
  • Rodrigo Marques - O Entusiasta

DIREÇÃO

  • Débora Dubois e Márcio Macena - Rita Lee, uma autobiografia musical
  • Debora Lamm e Enrique Diaz - Férias
  • Dagoberto Feliz e Guilherme Tomé - Shakespeare Embriagado
  • José Possi Neto E Marco França - O Adorável trapalhão
  • Eduardo Martini - Cá entre nós

PERFORMANCE

  • Marcos Veras - Insignificância
  • Drica Moraes - Férias
  • Inês Peixoto - Cabaré Coragem
  • Déborah Reis - Rita Lee, uma autobiografia musical
  • Genesio de Barros - Irineu
  • Dacota Monteiro - Rei Lear

ESPETÁCULO

  • Férias
  • Gostava Mais dos Pais
  • O Adorável Trapalhão

ESPECIAL

  • Shakespeare Embriagado, pela frescor do elenco ao renovar o clássico.
  • Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho, pela brilhante proposta e entrega em Gostava Mais dos Pais.
  • Rafael Aragão, Enrico Verta, Milton Filho e Vicenthe Oliveira, pelo talento vigoroso do quarteto Didi, Dedé Mussum e Zacarias em O Adorável Trapalhão.
  • República Lee, pela inovação da obra que misturou cinema, teatro e música.

RIO DE JANEIRO (Premiação acontece em 25/3)

TEXTO

  • Ana Carolina Sawuen e Lulu Carvalho, por Dicas para Sofrer em Paz
  • Augusto Boal, por O Grande Acordo Internacional do Tio Patinhas
  • Florencia Santángelo, Leonor Chavarría e Richard Riveiro, por Demasiado Juntas
  • Tauã Delmiro, por Na Rua, na Chuva, na Fazenda

DIREÇÃO

  • Ana Carolina Sawuen, por Dicas para Sofrer em Paz
  • Junior Melo e Wellington Fagner, por O Grande Acordo Internacional do Tio Patinhas
  • Miguel Thiré, por O Figurante
  • Tauã Delmiro, por Na Rua, na Chuva, na Fazenda

PERFORMANCE

  • Analu Pimenta, por Na Rua, na Chuva, na Fazenda
  • Dudu Azevedo, por O Cravo e a Rosa
  • Eduardo Sterblitch, por Uma Babá Quase Perfeita
  • Leonor Chavarría e Florencia Santángelo, por Demasiado Juntas
  • Lindsay Paulino, por Hairspray
  • Lulu Carvalho, por Dicas para Sofrer em Paz
  • Mateus Solano, por O Figurante
  • Victor Maia, por Na Rua, na Chuva, na Fazenda

ESPETÁCULO

  • O Cravo e a Rosa
  • O Figurante
  • O Grande Acordo Internacional do Tio Patinhas
  • Na Rua, na Chuva, na Fazenda

ESPECIAL

  • Catalina Peraza, pelos figurinos de Demasiado Juntas
  • Toni Rodrigues, pela direção de movimento de O Figurante
  • Tony Lucchesi, pela direção musical de Na Rua, na Chuva, na Fazenda

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