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Molotov e bala de paintball: como é dirigir o carro mais polêmico do mundo

Cybertruck vandalizado pelas ruas de Nova York - Reprodução/Redes sociais
Cybertruck vandalizado pelas ruas de Nova York Imagem: Reprodução/Redes sociais
do UOL

Colaboração para o UOL, de Belo Horizonte

14/03/2025 12h41

Polêmico desde o lançamento, dirigir um Cybertruck ficou ainda mais difícil depois que Elon Musk, proprietário da montadora do veículo, a Tesla, entrou no governo Trump. Motoristas relataram ao site Business Insider hostilidades como desenhos de genitálias no veículo, pessoas gritando na rua e disparos de paintball.

O que aconteceu

Boicotes à Tesla ganharam força nas últimas semanas. Concessionárias e estações da montadora foram vítimas de vandalismo envolvendo coquetéis Molotov, incêndios criminosos e danos por tiros.

O Cybertruck, sendo o modelo mais icônico da Tesla, também virou alvo dos protestos. Um dos motoristas relatou que estava lavando seu veículo na porta de casa, quando um estranho parou o carro, abriu a porta e começou a insultá-lo.

"Ninguém na América deveria se sentir ameaçado ou alvo simplesmente por dirigir um veículo", disse o proprietário do Cybertruck, que não quis ser identificado. Ele afirmou que também foi hostilizado com gestos obscenos e buzinas recentemente.

Tommy Huynh, que também tem um Cybertruck, disse que seu veículo já foi atingido por um tiro de paintball no início do ano. Ele também relatou que é comum as pessoas cutucarem o carro quando ele está estacionado, mas afirmou que não notou um aumento das hostilidades depois da posse de Trump.

Já Steven Minnick encontrou desenhos de genitálias e insultos pichados em seu Cybertruck. Minnick conseguiu retirar os desenhos e palavras após lavar seu veículo, mas um desenho em específico foi "arranhado no plástico" e deu mais trabalho para ser removido. "Fiquei meio chocado", afirmou.

O vandalismo no carro de Minnick aconteceu enquanto ele estava em Vermont. Lá, ele afirmou que contou cerca de 12 sinais obscenos enquanto dirigia seu Cybertruck, além de um polegar para baixo e um "L" (símbolo para "loser", ou "perdedor" em português).

Perigo nas estradas

Solo Arnett, que adquiriu um Cybertruck recentemente, afirmou que passou uma situação de perigo em uma rodovia. Arnett relatou que uma carreta não deixou ele entrar em uma faixa enquanto ele dirigia na estrada.

Outro proprietário disse que, em duas situações, pessoas desceram de seus veículos no semáforo para gritar com ele. "O Cybertruck parece levar algumas pessoas ao limite. Não faz sentido, eu não sou o Elon!", reclamou um motorista, que não quis ser identificado.

"Comprei isso antes de saber que Elon era louco". É o que diz um adesivo no para-choque de alguns Cybertruck de proprietários que tentam evitar hostilidades.

Interações positivas

Apesar do aumento das hostilidades, os proprietários afirmam que a maioria das interações sobre o carro ainda são positivas. Um deles, por exemplo, afirmou que tem várias interações positivas principalmente com crianças, que sempre ficam animadas ao ver o carro elétrico.

Solo Arnett também relatou um momento emocionante que passou com seu Cybertruck. Um homem se aproximou dele e pediu um vídeo com o carro para mostrar ao seu filho, que é acamado e um grande fã do veículo. "Deixei ele entrar no caminhão e tudo mais. Foi uma experiência emocionante".

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