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Empresas de Rodrigo Bocardi somam mais de R$ 2,3 mi em dívidas tributárias

Rodrigo Bocardi foi demitido da Globo - Reprodução/Globoplay
Rodrigo Bocardi foi demitido da Globo Imagem: Reprodução/Globoplay
do UOL

De Splash, em São Paulo

31/01/2025 19h00

As empresas de Rodrigo Bocardi, 49, acumulam mais de R$ 2,3 milhões em dívidas tributárias. O jornalista foi desligado da Globo na noite de quinta-feira (30) por descumprir "normas éticas".

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O que é compliance e como levou à demissão de Rodrigo Bocardi na Globo
Rodrigo Bocardi 'descumpriu normas': o que a Globo diz sobre ética

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O que aconteceu

Bocardi mantinha abertas três empresas em seu nome em paralelo ao seu trabalho na Globo. A Free Live Produções e Editora (desde 1997), a DigLog Produções e Editora (desde 2015) e a Digital 720 (aberta em 2017). As empresas estão registradas como "produtoras de vídeo e publicidade".

A Free Live e a Diglog aparecem na relação de devedores da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, conforme apurado pela reportagem de Splash. Vale lembrar que a lista não inclui débitos que possam ter sido parcelados pelo apresentador.

Só a Free Live soma dívida de R$ 1.888.136,07. A empresa, que também tem como sócia a esposa do jornalista, a empresária Ana Claudia Bernardino Bocardi, foi aberta em 1997 com um capital social de R$ 1.000. A Free Live está sediada em São Paulo e tem como atividades "a produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão".

Já a Diglog acumula débito de R$ 412.164,21. A dívida da empresa com o Simples Nacional está em R$ 395 mil, de acordo com consulta realizada pela reportagem na tarde de sexta-feira (31). A marca, que foi aberta em 2015, presta serviços de consultoria em publicidade e organização de feiras, congressos, exposições e festas.

Em seu primeiro pronunciamento, na noite de sexta-feira (31), Bocardi disse que está com a consciência tranquila. Também agradeceu a Globo. "Vou fazer aqui um depoimento no improviso, da maneira como eu gosto, sem texto sem nada para agradecer. Agradecer a TV Globo, [são] 25 anos, um quarto de século. Quanto aprendizado, oportunidade"

Dívida com banco

Por que uma empresa vai parar na dívida ativa da União? Quando o órgão público não identifica o pagamento de um valor devido, tem 90 dias para solicitar a inscrição do devedor na dívida ativa. Quem faz essa inscrição são as procuradorias. As dívidas das empresas de Bocardi, por exemplo, são tributárias —quando um imposto ou tributo deixa de ser pago.

Rodrigo Bocardi  - Reprodução/TV Globo - Reprodução/TV Globo
Rodrigo Bocardi apresentava o Bom Dia São Paulo
Imagem: Reprodução/TV Globo

Apresentador foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar ao Banco Itaú a quantia de R$ 580.772,69, em 2019. A 1ª Vara Cível entendeu que o profissional não pagou parcelas de um empréstimo firmado no início daquele ano com a instituição bancária.

Após travar disputa judicial por meses contra o banco, Bocardi homologou um novo acordo para pagamento dos valores pendentes. Os mais de R$ 580 mil foram quitados em três parcelas.

Durante o processo, a defesa de Bocardi pediu a impugnação da cobrança, alegando que o título de crédito firmado com o banco era inexigível, pois não teria a assinatura de pelo menos duas testemunhas. Além disso, o jurídico de Bocardi considerou abusiva a cobrança, acusando a instituição bancária de apresentar cálculos irregulares e desatualizados.

[Bocardi e a empresa] usufruíram do crédito disponível na conta corrente e, agora, no momento de cumprir com suas obrigações, tentam escusar-se de maneira vil, com alegações infundadas e não amparadas pelo nosso ordenamento jurídico.
Departamento jurídico do Itaú, à época

Globo demite Rodrigo Bocardi

Rodrigo Bocardi  - Divulgação - Divulgação
Globo demitiu o apresentador
Imagem: Divulgação

Globo anunciou demissão de Bocardi, na quinta-feira (30), por "descumprir normas éticas" do jornalismo da emissora. Procurado, o canal disse que não dará mais detalhes sobre o desligamento do profissional.

Como é de conhecimento de todos, a empresa não comenta decisões de compliance.Globo

Reportagem da Folha de S.Paulo aponta que decisão teria partido do departamento de compliance da empresa. Ele teria sido acusado de, em paralelo ao trabalho no canal da família Marinho, prestar serviços para uma empresa que atende prefeituras da Grande São Paulo.

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