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Yeshua, 'negalora', abajur de arma: relembre as polêmicas de Claudia Leitte

Claudia Leitte - Brazil News
Claudia Leitte Imagem: Brazil News
do UOL

De Splash, em São Paulo

30/12/2024 05h30

Claudia Leitte, 44, voltou a remover da música "Caranguejo" um trecho que cita Iemanjá, orixá dos mares, durante o pré-Réveillon do Recife, na madrugada de domingo (29). A nova alteração foi feita mesmo depois de ela ter sido denunciada ao Ministério Público por suspeita de intolerância religiosa.

Em vídeos compartilhados nas redes sociais, Claudia aparece cantando e fazendo, novamente, a substituição: "Eu amo meu Rei Yeshua" em vez de "Saudando a rainha Iemanjá". O termo Yeshua significa "salvar" em hebraico e, em algumas religiões, considera-se a palavra como o nome original de Jesus Cristo.

Mas esta não é a única polêmica em que a cantora se envolveu nos últimos anos. O histórico de controvérsias protagonizadas pela cantora é longo. Relembre algumas!

Abajur em formato de arma

Em 2022, Claudia Leitte publicou nos stories de seu Instagram um vídeo que mostra um abajur em formato de arma ao lado da Bíblia, de um livro e de uma foto do seu casamento com o empresário Márcio Pedreira.

As imagens foram relacionadas a uma suposta defesa do armamentismo e da campanha do então candidato à reeleição Jair Bolsonaro. Claudia apagou a publicação pouco depois de colocá-la no ar, mas afirmou posteriormente que o vídeo não teria "qualquer intenção política".

Filho gay?

Em 2008, Claudia deu uma entrevista ao TV Fama e disse à jornalista Léo Áquilla que gostaria que seu filho fosse heterossexual. Na época, ela estava grávida de Davi e declarou: "Eu adoro os gays, mas prefiro que meu filho seja macho."

A polêmica se intensificou quando Márcio completou: "Deus me livre. Ele será bem-criado." As declarações geraram fortes repercussões, sobretudo entre os fãs da artista, que chegaram a ameaçar boicote.

"Negalora"

"Negalora" - Reprodução - Reprodução
Capa do álbum 'Negalora', de Claudia Leitte
Imagem: Reprodução

Claudia Leitte lançou, em 2012, um CD e um DVD que levam o título "Negalora", referindo-se a ela mesma em uma espécie de alcunha para simbolizar suas raízes.

A arte da capa do disco foi imensamente criticada, por conter blackface, uma prática racista, que era utilizada no teatro antigo, quando uma pessoa de pele branca se pinta com tinta preta para representar uma pessoa negra. Na ocasião, seguidores nas redes sociais acusaram Claudinha de apropriar-se da cultura negra.

Em 2016, o assunto voltou à tona quando ela fez uma publicação para comemorar o aniversário de Salvador e referiu a si mesma como "negalora do Pelô". Na ocasião, ela explicou que se tratava de uma referência à música "Magalenha", de Carlinhos Brown, e o apelido teria sido dado a ela pelo próprio.

Pintinhos pisados

Em 2015, Claudia participava do Encontro com Fátima Bernardes (Globo) e contou uma história de seu casamento que chocou algumas pessoas. A cantora revelou que um dos convidados de seu casamento, seu amigo Glauco, resolveu levar pintinhos para a festa e soltá-los pelo chão.

Ela disse que tudo começou com uma brincadeira, mas que a situação ficou feia quando os convidados começaram a pisar nos pintinhos e matá-los. "A minha avó começou a pisar no pinto, e foi uma coisa... o pintinho 'piu' e, ploft, morrendo", relatou. "Foi um verdadeiro genocídio."

Na ocasião, ativistas e associações de defesa dos animais criticaram a cantora. No programa, que foi ao ar ao vivo, a história parece ter causado constrangimento em Fátima e nos demais convidados.

Sexo sem vontade

No mesmo ano, a cantora concedeu uma entrevista ao Gshow para falar sobre seu casamento e dar dicas de relacionamento. Então jurada de The Voice Brasil, ela disse que as mulheres deveriam estar sempre arrumadas para os homens.

Nunca fique descabelada na frente da pessoa que você gosta. Nem sem escovar os dentes, pelo amor de Deus (...) Vá correndo ao banheiro, escova os dentes, volta correndo para cama, finja que está dormindo e ó, o hálito fica incrível de manhã cedo. Claudia Leitte, na época

Além disso, ela também sugeriu que as mulheres precisavam fazer sexo, mesmo cansadas ou sem vontade, para "manter a chama acesa". "Se você está cansada, chegou do trabalho exausta, mas faz uma semana que não acontece nada e a pessoa está lá louca... Bota sua melhor lingerie e vai! Ou vai sem nada mesmo, mas vai! E se você achar que está um pouco fora do peso é só colocar uma meia-luz que isso resolve toda a situação."

Faltou indignação

AH - Reprodução/Globo - Reprodução/Globo
Claudia Leitte participa do Altas Horas
Imagem: Reprodução/Globo

Cantora se esquivou. Convidada do Altas Horas (Globo) em maio de 2021 ao lado de Deborah Secco e Ana Maria Braga, Claudia foi criticada ao se esquivar da pergunta sobre o que a deixava indignada.

A minha indignação? Eu tenho um coração pacificador. Eu me indigno, sou capaz de virar tudo pelo avesso, de chutar as barracas, mas acho que todo mundo tem um lugar onde pode brilhar uma luz para desfazer o que está acontecendo e se essa luz se acende, obviamente, não vai ter escuridão. Claudia Leitte, na época

Para a mesma pergunta, Deborah Secco respondeu que fica indignada com "normalizar as piores coisas e seguir adiante como se estivesse tudo bem". Dias depois, a cantora recorreu ao Instagram para se desculpar.

Estávamos conversando sobre o contexto de pandemia. Foi me dada a oportunidade de falar sobre as indignações. Mais que um desabafo, era um momento em que eu precisava ter muita consciência do meu papel social, e eu não tive. Não sei porque dei uma resposta evasiva e desde então estou reflexiva. Claudia Leitte

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