Em 2025, Aaliyah terá álbum póstumo produzido pelo brasileiro Azul Wynter
O nome de Aaliyah voltou a circular nas redes nos últimos meses, em meio às revelações do caso P. diddy. Muitos a conheceram somente agora o trabalho da cantora morta em um acidente aéreo em 2001. Enquanto isso, um álbum póstumo estava sendo preparado com produção assinada por Azul Wynter —DJ e produtor metade brasileiro, filho da empresária brasileira Paula Hill e do cantor americano Stevie B.
O que aconteceu
Wynter, que já produziu sucessos de Post Malone, Cardi B, French Montana, Justin Bieber e Drake, passou 20 dias trabalhando diariamente na produção do novo álbum de Aaliyah em Atlanta. "Eu conheci Barry Hankerson, tio da Aaliyah e responsável pela carreira dela. Eu estava trabalhando com artistas que ele está desenvolvendo quando ele me convidou para esse projeto. Esta foi uma experiência incrível", explica.
O álbum traz gravações antigas da cantora com voz original —sem uso de IA, além de uma série de feats com artistas que Aaliyah gostaria de trabalhar. "Por questões contratuais, ainda não posso falar a data de lançamento e nem os nomes dos artistas que participaram do álbum, mas são pessoas que Aaliyah revelou em entrevistas antigas que gostaria de trabalhar. E o álbum sai em 2025."
O álbum traz à tona um material que estava guardado por muito tempo. Para Wynter, esse é o momento de apresentá-la para as novas gerações.
Aaliyah estava à frente do seu tempo e tem grande influência na música que é feita hoje. É possível ouvir Aaliyah em trabalhos de cantoras de R&B atualmente. Quando escutamos SZA ouvimos Aaliyah também. As pessoas precisam conhecer o seu legado. Azul Wynter
Novidades
Além do lançamento de Aaliyah, Azul Wynter revela outras novidades para 2025. O produtor irá lançar seu primeiro álbum como DJ, com pegada house e afrobeat.
Fã de Ivete Sangalo, Claudinho & Buchecha e Mister Catra, ele promete entregar influências brasileiras no trabalho que estará disponível ainda no primeiro semestre. "Esse trabalho como DJ é algo totalmente novo. Eu estava em Miami havia dois anos quando vi que as pessoas estavam amando house e eletrônico. Então pensei que eu queria fazer aquilo. E tem sido mais fácil produzir meu próprio álbum porque posso ser mais livre", contou.
Wynter conta que seu trabalho tem forte influência brasileira. Sua cantora favorita é Ivete Sangalo, mas ele conta ter crescido também ouvindo Claudinho & Buchecha e Mister Catra.
Eu quis colocar a cultura brasileira no meu trabalho como DJ. Para apresentar o Brasil para o mundo inteiro com misturas de afrobeat que está bombando em todo lugar. Azul Wynter
No álbum, Wynter também apresenta seu primeiro trabalho ao lado de Stevie B. Entre as faixas, está uma versão remix de "Spring Love", grande sucesso do pai que deu a ele o título de Rei do Funk Melody no Brasil.
"Sempre deixamos nossos mundos separados. Eu vejo que tivemos caminhos diferentes mas parecidos na música", conta Wynter. "Ele me influenciou a vida inteira pelo artista que ele é que colocou a música dele para tocar no mundo todo. Eu também quero levar minha música para o mundo."
Ele também fala da vontade de produzir artistas brasileiros e que vem conhecendo os novos ídolos do Brasil na sua atual temporada no Brasil. "Antes eu era focado em trabalhar com hip hop com artistas americanos. Agora me abri a outros gêneros e vejo que posso produzir qualquer coisa: k-pop, pop, reggaeton."
No Brasil vejo o hip hop crescendo. Quem era do funk está migrando para o hip hop. Eu conheci agora o Cabelinho, Orochi, Wiu e Papatinho. Estou começando a encontrar os caras agora. Azul Wynter
Os planos da Azul Wynter também incluem uma turnê por vários países —incluindo o Brasil. "Quero mostrar aqui o que está sendo feito na indústria da música mundialmente", explica.