Assédio sexual e plágio: 'Round 6' não escapou de polêmicas; relembre
"Round 6" voltou com a sua segunda temporada e promete ser um grande sucesso, assim como aconteceu com o primeiro ano. Ela se tornou uma das séries mais vista entre as originais Netflix, mas também esteve envolvida com polêmicas.
Plágio
Na trama, um convite chega para pessoas precisando de dinheiro. O objetivo é recrutá-las para um jogo misterioso e mortal, em que os participantes disputam rodadas de jogos infantis por um prêmio bilionário. Porém, o preço é alto: quem perde, paga com a vida.
A narrativa lembra a premissa de "3%" ou até da saga "Jogos Vorazes", mas a produção foi realmente acusada de copiar outra obra: um filme japonês de 2014 chamado "As the Gods Will".
As semelhanças são bem diretas: nas duas histórias, a luta por sobrevivência acontece por meio da disputa de jogos infantis. Além disso, há detalhes parecidos na fotografia e até na direção de cenas.
O criador da série, Hwang Dong-hyuk, contou que já tinha o roteiro na gaveta desde 2008. Sobre a semelhança apontada, ele contou, em entrevista coletiva, que: "o primeiro jogo é parecido, mas as similaridades param por ali. Ele disse também que, apesar de a ideia ser antiga, desistira de vê-la se tornar realidade —antes da Netflix, ele não encontrava produtoras interessadas.
Conta bancária
Outra controvérsia surgiu após um espectador afirmar em um fórum que os dados de uma conta bancária, que aparecem em um episódio, são reais. Este fã afirma ter transferido dinheiro para a conta em questão, sugerindo que os dados foram usados sem permissão. A produção negou.
Telefone vazado
Um número de telefone, que aparece logo no início da série, acabou causando problemas na realidade. Isso porque o número existe de verdade, e alguns fãs começaram a ligar para ele.
A dona do número, uma mulher coreana, estaria recebendo ligações e mensagens constantes, segundo o portal Koreaboo. Ela contou que já usa o número há mais de dez anos, e disse ter ficado bastante surpresa (e incomodada) com a quantidade de contatos que estava recebendo 24 horas por dia.
A Netflix teria contactado a proprietária, oferecendo indenização monetária e sugerindo que ela trocasse de número. Ela afirmou que não poderia fazer a alteração, pois o telefone está ligado aos seus negócios e isso lhe causaria problemas.
Assédio Sexual
O ator Oh Yeong-su, 79, que interpretou Oh Il-nam, também conhecido por 001, foi condenado por assédio sexual.
Ele foi condenado a oito meses na prisão. Além disso, o ator deve passar dois anos em liberdade condicional e fazer 40 horas do programa coreano de tratamento para agressores sexuais.
Oh Yeong-su tocou a vítima inapropriadamente em 2017. Segundo a agência de notícias Yonhap, ele abraçou e beijou o rosto de uma mulher à força durante uma turnê de teatro por uma área rural da Coreia do Sul em 2017.
O ator negou as acusações. "As provas são insuficientes, exceto pelo depoimento da vítima e as evidências que vieram dele. É questionável se seria possível para o acusado realizar esses atos com base no local, a situação e o horário", alegou o advogado de Yeong-su no tribunal, segundo o jornal Korea JoongAng Daily.
Os promotores do caso ainda acusaram Oh Yeong-su de não demonstrar remorso durante o julgamento. "O acusado expressou o seu desejo pela juventude inapropriadamente, dizendo 'Eu te vejo como mulher' enquanto bebia com a vítima em 2017. Ele evitou a responsabilidade dizendo que a vítima era 'como uma filha' para ele, apesar de a vítima pedir uma retratação", disseram no tribunal em fevereiro deste ano, ainda segundo o jornal Korea JoongAng Daily.