Ludmilla lamenta derrota em processo por racismo: 'Jamais desistirei'
Ludmilla lamentou a decisão que absolveu o apresentador Marcão do Povo das acusações de injúria racial contra ela. As ofensas foram feitas em 2017, quando ele comandava um programa na Record TV. Na ocasião, Marcão disse que a cantora era uma "pobre macaca".
A artista chegou a ter vitórias na Justiça, mas no STJ (Superior Tribunal de Justiça), Marcão foi absolvido pela ministra Daniela Teixeira, segundo a Folha de São Paulo. A decisão ainda cabe recurso. Nas redes sociais, Ludmilla já confirmou que vai recorrer.
"Muito obrigada pelo apoio e carinho de todos. Meus advogados vão recorrer dessa decisão, e eu jamais desistirei dessa luta", escreveu ela nos stories do Instagram, na manhã desta terça (24).
Splash entrou em contato com o STJ para apurar detalhes da absolvição. Órgão informou que processo está em segredo de Justiça e, por isso, não pode comentar publicamente sobre a ação.
Entenda o processo
O apresentador se referiu à cantora como "pobre macaca" na TV. A declaração aconteceu enquanto ele apresentava o programa "Balanço Geral" do Distrito Federal, transmitido pela TV Record de Brasília, em 2017.
Ele comentava uma notícia de que a cantora teria evitado fotos com fãs. "É uma coisa que não dá para entender. Era pobre e macaca, pobre, mas pobre mesmo. Sempre falo, eu era pobre e macaco também", disse, tentando suavizar a ofensa.
O caso virou escândalo nacional e Marcão foi demitido da emissora. Ele ainda foi processado pela artista e pelo Ministério Público por injúria racial. Apesar disso, o profissional foi contratado logo em seguida pelo SBT.
Desde o episódio, Marcão afirma que usou um termo regional e não quis cometer racismo. Em primeira instância, em março de 2023, o apresentador chegou a ser inocentado depois que o juiz enxergou "falta de dolo" nas falas dele.
Mas em segunda instância, em junho de 2023, ele foi condenado a pagar indenização. O apresentador deveria dar R$ 30 mil, que seriam doados pela cantora a uma instituição dedicada à causa racial e ao combate ao racismo, além de cumprir um ano e quatro meses de prisão em regime aberto.
Marcão recorreu ao STJ e na última quinta-feira (19) foi absolvido. Segundo a Folha de São Paulo, a ministra responsável afirmou que a condenação foi feita com base em um vídeo editado e que, com isso, havia falha na sentença.
A decisão ainda cabe recurso e, segundo Ludmilla, sua equipe jurídica vai recorrer.