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Veja famosos que optaram por morte assistida devido a doença incurável

Antonio Cicero optou pela morte assistida após diagnóstico de Alzheimer - Divulgação
Antonio Cicero optou pela morte assistida após diagnóstico de Alzheimer Imagem: Divulgação
do UOL

Colaboração para Splash, em São Paulo

03/12/2024 05h30

Beatriz Goulart, 63, esposa de Maurício Kubrusly, 79, revelou que o jornalista cogitou se submeter à eutanásia por causa do diagnóstico de demência fronto-temporal, doença incurável, mas ela conseguiu demovê-lo da ideia de antecipar sua morte.

Diferentemente de Kubrusly, outras personalidades deram prosseguimento ao desejo de ter uma morte assistida, para dar fim à dor provocada por uma enfermidade incurável.

Antonio Cicero

Antonio Cicero - Instagram da ABL - Instagram da ABL
Antonio Cicero
Imagem: Instagram da ABL

O poeta optou pela morte assistida assim que recebeu o diagnóstico de mal de Alzheimer, já desgostoso com os efeitos da doença em sua rotina. "Exceto os amigos mais íntimos, como vocês, não mais reconheço muitas pessoas que encontro na rua e com as quais já convivi. Não consigo mais escrever bons poemas nem bons ensaios de filosofia. Não consigo me concentrar nem mesmo para ler, que era a coisa de que eu mais gostava no mundo", lamentou, em carta deixada aos amigos.

Cicero se submeteu à morte assistida acompanhado por seu marido, Marcelo Pires. O escritor fez uma última viagem na companhia de Pires por Paris, na França, em outubro de 2024. Em seguida, ele realizou o procedimento na Suíça, no dia 23 de outubro.

Jean-Luc Godard

Jean-Luc Godard - The Image Gate/Getty Image - The Image Gate/Getty Image
Jean-Luc Godard
Imagem: The Image Gate/Getty Image

Diretor franco-suíço, Godard optou pelo suicídio assistido para poder "morrer dignamente", conforme o assessor dele, Patrick Jeanneret, disse ao jornal francês Libération. Relatório médico do diretor apontou que ele sofria de "múltiplas patologias incapacitantes". Ele morreu em setembro de 2022.

Ramón Sampedro

O escritor espanhol antecipou sua morte em 1998, aos 55 anos. O cineasta ficou tetraplégico quando tinha 25 anos e iniciou uma campanha para ter o direito de morrer da forma como gostaria.

A história de Ramón Sampedro pelo direito de acessar a morte assistida foi retratada no filme "Mar adentro" (2004), estrelado por Javier Bardem, e dirigido por Alejandro Amenábar.

Famosos que desejaram a morte assistida

Alain Delon

Alain Delon - Valey Hache/AFP - Valey Hache/AFP
O ator francês Alain Delon
Imagem: Valey Hache/AFP

Ícone do cinema francês, Alain Delon não gostava da velhice e defendeu o direito de antecipar sua morte. Em diversas ocasiões, o ator falou sobre dar fim à própria vida por meio do suicídio assistido, na Suíça, onde ele vivia.

"A partir de uma certa idade, de um certo momento, a pessoa tem o direito de sair tranquilamente, sem passar por hospitais, injeções e todo o resto", disse ele em uma entrevista. Delon morreu aos 88 anos em agosto de 2024, em sua residência. A causa da morte, entretanto, não foi divulgada.

Tina Turner

Tina Turner - Patrick Davy/Prestige - Patrick Davy/Prestige
Tina Turner
Imagem: Patrick Davy/Prestige

Lenda da música, Turner morreu em maio de 2023 de "causas naturais, após uma longa doença", que não foi especificada pelo porta-voz da família. A cantora, que havia lutado contra um câncer de intestino, também tinha feito transplante de rim em 2017.

Quando enfrentou o câncer, ela se mostrou a favor da eutanásia e chegou a assinar um contrato para realizar o procedimento. Tina mudou de ideia após seu marido, Erwin Bach, doar um de seus rins para ela.

Formas de antecipar a morte

Alguns poucos países, como Holanda e Suíça, legalizaram práticas de antecipar a morte em casos de doenças terminais e incuráveis. Pessoas nessas condições, com a comprovação feita por um médico, podem optar pela eutanásia ou pelo suicídio assistido.

Eutanásia, procedimento ao qual Maurício Kubrusly cogitou se submeter, é realizado por um médico e é permitida em países como Holanda, Bélgica, Espanha, Colômbia, Nova Zelândia e Luxemburgo.

No suicídio assistido é o próprio paciente que toma a atitude de dar fim à vida. Nesse caso, o profissional de saúde apenas acompanha o paciente, que tomará uma substância letal, a ser ingerida ou aplicada por ele mesmo. Esse procedimento é legalizado em países como Holanda e Suíça.

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