Maria Bopp diz que Boca Rosa elogiou vídeos da blogueirinha do fim do mundo
Durante a pandemia de covid-19, a atriz Maria Bopp, 33, encarnou a "Blogueirinha do Fim do Mundo", misturando tutorial de maquiagem com críticas à gestão do governo Bolsonaro. Ela também fez provocações aos artistas que não se posicionavam politicamente e criticou a elite de esquerda.
Maria diz que várias influencers foram a inspiração para a sátira de alguns vídeos, enquanto outras elogiaram o trabalho da atriz e disseram ter gostado das reflexões. Bianca Andrade, conhecida como "Boca Rosa", se enquadra no segundo grupo, contou Maria, em participação no 'Acessíveis', videocast de Titi Muller e Marimoon, nesta terça-feira (3/12).
"Eu dei uma entrevista uma vez com a Boca Rosa, a Bianca Andrade, e aí ela falou que aprendia muito com meus vídeos. Ela nunca tinha escrito para mim antes, mas ela falou isso ao vivo, e eu fiquei super feliz", disse a atriz. "Falei para ela: 'que bom, não esperava que tivesse te tocado de alguma maneira'. Eu acho que essa consciência foi importante para as pessoas".
Na entrevista mencionada por Maria, que aconteceu durante o programa "Jogo de Duplas" (GNT), Boca Rosa diz que nunca se identificou com nenhuma das histórias da personagem, mas que aprendeu muito com elas.
No 'Acessíveis', a "Blogueirinha do Fim do Mundo" também criticou a falta de consciência social nas postagens de personalidades da elite de esquerda.
"Você posta vídeo de luxo e depois, nas eleições, quer fazer vídeo 'vote em tal pessoa'. Cara, você estava nas Maldivas semana passada, Nova York há um mês, e depois você quer falar em quem as pessoas têm que votar?", criticou a atriz.
Maria Bopp diz que pessoas confundem cenas de sexo simulado: 'Encaro como elogio'
Maria Bopp já gravou dezenas de cenas de sexo. Em seu primeiro papel como atriz, na série "Oscar Freire 279" (Multishow), a paulistana assumiu o papel de prima bisbilhoteira da protagonista, que era garota de programa, e também se aventurou na prostituição.
Outras várias cenas de sexo vieram quatro anos depois, em 2015, quando ela foi escolhida para interpretar Bruna Surfistinha na série "Me chama de Bruna" (Fox).
Maria diz que muitas pessoas já perguntaram se essas cenas eram reais, o que ela encara como um elogio: "Significa que a cena está muito bem feita".
A atriz também afirma que mudou sua visão sobre a prostituição depois de conversar com garotas de programa. "Eu me via muito em um lugar paternalista de dizer assim 'você está sendo abusada e você não sabe', mas essas mulheres têm histórias muito difíceis e não podem ser julgadas", disse ela.
Durante as gravações de 'Me chama de Bruna' (Fox), porém, ela disse que ficava se questionando se a personagem não estava romantizando a prostituição.
"Me deu muita vontade de ser diretora nesses momentos", acrescentando que, apesar de não dirigir a série, ela escreveu algumas cenas que foram ao ar, incluindo uma que envolvia um debate entre Bruna Surfistinha e uma "feminista radical" que defendia o fim da prostituição.
"A cena original, para mim, era muito ruim. Era uma cena que era muito cara para mim, e falei 'me dá a chance de escrever esse roteiro?' e foi a versão que foi para o ar", contou ela.
'Acessíveis' no UOL
Toda terça, MariMoon e Titi Müller recebem convidados para um papo que vai de histórias de bastidores ao apocalipse climático, passando por tópicos como maternidade, redes sociais, relacionamento e cultura pop. Os episódios completos ficam disponíveis no Canal UOL e no Youtube de Universa. Assista ao episódio completo com Maria Bopp: