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Silvia Abravanel diz que 'fala com Silvio Santos' todo dia: 'Não morreu'

Silvia Abravanel e o pai, Silvio Santos - Reprodução/Instagram
Silvia Abravanel e o pai, Silvio Santos Imagem: Reprodução/Instagram
do UOL

De Splash, em Angra dos Reis (RJ)*

02/12/2024 05h30

Silvia Abravanel, 53, confidenciou que ainda é difícil lidar com a morte de Silvio Santos. Após três meses do falecimento de um dos maiores apresentadores da história do Brasil, a empresária está tentando seguir em frente, muito por ter crescido ouvindo Silvio cantar que "do mundo não se leva nada", e crê que a conexão com o pai não foi cortada após sua partida.

Está sendo ainda [um luto]. Acho que perder um pai, que é referência pra mim, principalmente, é muito forte, muito pesado. Meu pai era uma pessoa muito feliz, ele tirava a tristeza e nos fazia feliz, e tirava lições desses obstáculos, das coisas ruins.
Silvia Abravanel, em entrevista para Splash, no Cruzeiro do Zezé Di Camargo.

"Ele nos ensinou a viver a vida"

Filha número 2 de Silvio Santos conta que está cumprindo à risca a orientação do pai: está vivendo a vida independentemente da dor. "As pessoas podem me julgar: 'ah, está fazendo 90 dias e ela está saindo', mas é o que ele esperava da gente. Ele esperava que cada uma das filhas seguisse a vida. Ele nos ensinou o respeito, a viver a vida da melhor maneira possível, porque a vida é muito curta pra perder tempo, parar e ficar só no sofrimento".

Sinto falar do meu pai? Todos os dias. Converso com meu pai todos os dias. Gostaria muito que ele estivesse comigo, gostaria muito de poder ligar pra ele e compartilhar os momentos bons, os momentos ruins, mas converso com ele em pensamento. Pra mim, meu pai não morreu, ele está vivo e vai viver o resto da minha vida dentro do meu coração.

A forte conexão com o pai persiste mesmo após a morte e ajuda Silvia a encontrar soluções para as adversidades do dia a dia da vida pessoal e profissional. "As pessoas que têm pais têm pra onde ligar. Não tenho mais como ligar para o meu pai. Mas eu tinha uma conexão muito forte com ele. Eu não precisava estar todos os dias, não precisava falar com ele ao telefone todos os dias. Eu pensava alguma coisa e sabia que ia acontecer, porque era muito forte a minha ligação com o meu pai. Isso continua muito forte".

Às vezes, preciso resolver alguma coisa ou está acontecendo alguma coisa ruim na minha vida, sei que ele vai me dar a direção, porque é como ele fazia. Eu não precisava ligar para o meu pai falar: 'ó, você tem que fazer isso'. A minha conexão era tão forte, tão forte, que ele, de longe, já sabia que estava acontecendo e me dava o direcionamento. Meu pai era o meu melhor amigo depois de Deus. Isso ainda segue hoje em dia.

Carinho e consolo dos fãs foram importantes para família Abravanel ganhar força para lidar com a dor da perda do apresentador. "Sabia que meu pai era uma pessoa muito amada, a gente comenta muito isso, mas a dimensão [não tinha]. É até chato eu falar isso, mas o amor que as pessoas tinham por ele, essa coisa da comoção de todas as pessoas desse Brasil, foi uma coisa que espantou a gente. O tanto que o Brasil abraçou a mim, a minha mãe, as minhas irmãs. Me abraçam, abraçam as minhas irmãs, querem estar perto, de tanto que as pessoas amavam o meu pai. A gente agradece muito, porque a gente realmente não tinha essa noção mesmo."

Silvia Abravanel e o noivo, Gustavo Moura - Leo Franco / AgNews  - Leo Franco / AgNews
Silvia Abravanel e o noivo, Gustavo Moura
Imagem: Leo Franco / AgNews

Sertanejo Gustavo Moura, o noivo de Silvia Abravanel, também foi crucial para ajudá-la a não desabar na perda do pai. "Meu pai partiu, que era o meu melhor amigo depois de Deus, e hoje está aqui o Gustavo, que é o meu melhor amigo. Eu tinha três melhores amigos: Deus, meu pai e o Gustavo. E o Gustavo hoje foi e está sendo a maior força que poderia ter num momento tão forte da minha vida".

Sempre me perguntava quem seria que estaria ao meu lado na passagem do meu pai, porque era uma das pessoas mais importantes para mim. Deus não podia ter enviado uma pessoa melhor para me dar o apoio e a força que eu precisei desde o momento que meu pai faleceu até hoje.

Em meio ao processo de luto, as filhas e a mulher do apresentador concentram as forças para dar continuidade na gestão do SBT e respeitar o legado de Silvio. "Desafio é manter o legado dele, manter o que ele ensinou para a gente. Ele deu para a gente todas as ferramentas, não escondeu nada das filhas, não escondeu nada da esposa, não escondeu como ele fazia e o que ele queria, como era para ser feito. A nossa missão agora é manter os pés firmes, pegar essa força toda que ele deu para a gente e seguir o que ele ensinou. Manter toda a história, todo o legado que ele criou firme e forte para o Brasil, para os funcionários, para todo mundo. Fazer com que as pessoas entendam que a gente está ali. Ele se dividiu em sete agora."

Pra mim, meu pai não morreu. Ele está vivo e vai viver o resto da minha vida dentro do meu coração. Procuro fazer de todos os dias, por mais que caia uma lágrima nos meus olhos, abrir um sorriso e continuar vivendo a vida como ele me ensinou a viver. Como ele fala na música, do mundo não se leva a nada, vamos sorrir e cantar.

* O repórter viajou ao Cruzeiro do Zezé a convite da organização.

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