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'Moana 2': diretor diz que animação é linda 'mesmo quando fica assustadora'

do UOL

De Splash, em São Paulo

29/11/2024 12h44

"Moana 2" chegou aos cinemas na última quinta-feira (28), mas foi por pouco! A ideia inicial era continuar a história da heroína por meio de uma de série de TV lançada diretamente no Disney+.

Ao analisarem o roteiro na totalidade, os produtores concluíram ser melhor condensar a narrativa em um longa. "Isso nos ajudou a contar a história, mas alguns dos elementos ainda presentes na animação são, definitivamente, de série", conta o codiretor Jason Hand em entrevista a Splash.

Outro tópico decisivo para mudar de série para filme foi o "esplendor visual" de "Moana 2". "Você realmente só pode experimentar isso quando for vê-lo na tela grande e perceber todo o trabalho incrível que nossa equipe colocou em cada cena", defende. "É um filme tão lindo, mesmo quando fica assustador."

No decorrer do filme, são apresentados novos desafios à Moana, como um novo vilão, Nalo, o deus das tempestades. As sequências de enfrentamento usam e abusam de um visual deslumbrante.

Relação de irmãs

O longa também traz novos personagens à animação, como a irmã mais nova de Moana. Simea e sua relação com a heroína foram baseados na família de David Derrick Jr, codiretor e corroteirista do longa.

Minha filha mais velha, Simea, e o meu filho mais novo, Quentin. Ela tem 21 anos e ele, sete. Juntos, eles têm um vínculo de amor e alma gêmea que eu nunca tinha visto em pessoas com idades tão diferentes em uma família. David Derrick Jr, em conversa exclusiva com Splash.

A intenção do cineasta foi imprimir na telona o amor de Moana pelo seu povo e sua família, mesmo quando precisa lidar com a tristeza de deixar quem ama para trás. Derrick dá o exemplo da reação triste de sua filha mais velha ao sair de casa e explicar a Quentin que voltará.

A relação dos irmãos foi usada como base para a narrativa, e mostra que "independente de para onde Moana vá, estará conectada a irmã". Na animação, Simea fica triste pela irmã ter que seguir o "chamado" dos ancestrais e sair em uma nova aventura, longe da terra natal de Motonui, a ilha da Polinésia onde vivem.

O primeiro filme é sobre Moana se conectando com seu povo e com seu passado, sentindo o peso e a força de seus ancestrais. "Nesta próxima história, estamos realmente tentando olhar para o futuro de Moana e seu povo, e Simea se liga diretamente a isto", afirma Derrick.

Moana não está sozinha na nova aventura, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (28) - Divulgação/ Disney - Divulgação/ Disney
Moana não está sozinha na nova aventura, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (28)
Imagem: Divulgação/ Disney

Responsabilidade

David Derrick Jr foi coroteirista de "Moana", de 2016, sendo chamado para fazer parte do projeto por ser descendente de samoanos, ilha da Oceania próxima à Polinésia, onde a história se passa. Agora, como codiretor, enxerga uma grande responsabilidade em seu trabalho por mostrar, por meio da animação, a cultura de seu povo.

"Quero que as pessoas conheçam mais sobre o povo do Oceano Pacífico e sobre como eles foram alguns dos maiores viajantes, conseguindo navegar um terço do planeta", destaca ele. Para se ter uma noção, os polinésios fizeram um "império" que só perde para o mongol em área, com 22,5 milhões de km².

Para a codiretora Dana Ledoux, "Moana 2" é uma "celebração" para os polinésios, povo do qual ela mesma faz parte. "Os habitantes das ilhas do Pacífico são pessoas que adoram comemorar e são muito alegres. [....] Há muito o que celebrar!"

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