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'Estrela da Morte': chineses afirmam ter criado arma inspirada em Star Wars

Raio da Estrela da Morte inspirou suposta arma chinesa  - Reprodução
Raio da Estrela da Morte inspirou suposta arma chinesa Imagem: Reprodução
do UOL

Colaboração para o UOL

29/11/2024 05h30

Pesquisadores na China afirmam ter desenvolvido uma arma de feixe de energia convergente que, em muitos aspectos, remete à famosa cena de Star Wars em que a Estrela da Morte destrói o planeta Alderaan.

O que aconteceu

Na famosa saga de George Lucas, a Estrela da Morte precisa convergir oito raios laser em um único feixe para destruir um planeta. A cena acontece no primeiro filme da franquia, em Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança, lançado em 1977.

Inspirados por esse conceito, cientistas e engenheiros na China superaram obstáculos tecnológicos e construíram, no oeste do país, um sistema composto por sete veículos transmissores.

De acordo com o South China Morning Post, um jornal pró-China, os experimentos realizados com o dispositivo confirmaram sua capacidade de suprimir sinais de GPS americanos e de outros satélites. Além disso, o sistema pode ser usado para "atingir múltiplos objetivos, como ensino e treinamento, verificação de novas tecnologias e exercícios militares", explicaram especialistas para o veículo chinês.

A arma chinesa pode não ser tão poderosa quanto a devastadora Estrela da Morte, mas a energia gerada por esse pulso poderia ser mais do que suficiente para destruir um satélite inimigo, segundo o jornal britânico Daily Mail. Pesquisas indicam que a arma capaz de emitir apenas um gigawatt de energia, o que seria suficiente para causar danos significativos a satélites em órbita baixa da Terra.

Explicação científica

Os pesquisadores conseguiram conectar os dispositivos de cronometragem nas plataformas de transmissão através de fibras ópticas, o que possibilitou alcançar uma sincronização de precisão de tempo ultra-alta, essencial para o funcionamento eficaz do sistema, de acordo com o South China Morning Post.

O sistema desenvolvido envolve a utilização de múltiplos veículos transmissores estrategicamente posicionados. Cada um desses veículos emite feixes de micro-ondas de alta potência, que são sincronizados com extrema precisão para convergir em um único feixe de energia, capaz de atingir um alvo específico com grande precisão.

A sincronização dos feixes é um dos maiores desafios, uma vez que os disparos precisam ser controlados com uma precisão de até 170 picosegundos, ou 170 trilionésimos de segundo, um nível de exatidão muito superior ao que um computador comum pode alcançar em um único ciclo de processamento, que gira em torno de 330 picosegundos.

Além disso, a posição de cada transmissor precisa ser ajustada com precisão milimétrica, o que exige tecnologias de navegação extremamente avançadas. Embora o sistema de navegação por satélite chinês BeiDou ofereça uma precisão de até 1 centímetro, isso ainda não é suficiente para os requisitos dessa tecnologia. Para resolver essa limitação, os veículos foram equipados com dispositivos auxiliares de posicionamento a laser, melhorando a precisão do alinhamento dos feixes.

Embora a ideia de concentrar energia em um único ponto seja atraente, a arma chinesa enfrenta uma série de limitações tecnológicas. Por exemplo, as micro-ondas são altamente suscetíveis a interferências causadas por poeira e umidade no ar, o que pode diminuir a eficácia do sistema em ambientes não controlados. Além disso, a necessidade de amplificar a potência dos feixes para aumentar seu alcance implica desafios logísticos, principalmente em relação à capacidade limitada de armazenamento de energia das baterias atuais.

O projeto levanta várias questões sobre sua viabilidade prática fora de condições altamente controladas. As exigências para um alinhamento perfeito e a sensibilidade às condições ambientais indicam que, embora a tecnologia seja promissora, sua aplicação prática em cenários reais ainda está longe de ser uma realidade viável.

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