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Por que você não deveria testar o filtro de contraste que bombou no TikTok

do UOL

De Universa, em São Paulo

27/11/2024 15h31

"Você não é feia, você só não está se maquiando de acordo com o contraste do seu rosto", afirma uma maquiadora em um vídeo que já teve cerca de 12 milhões de visualizações no TikTok. A autora do vídeo, Alieenor, criou um filtro que categoriza os rostos em três tipos de contraste: alto, médio e baixo.

O filtro, porém, oferece apenas três opções de tons de pele: claro, médio e escuro. A maquiadora sugere que, quanto mais escuros forem seus traços —como sobrancelha e cor do cabelo— em relação à sua pele, maior contraste você deve atribuir a si mesmo.

Cada nível de contraste está ligado a um estilo de maquiagem. Quem tem baixo contraste (cor da pele igual ao do cabelo), por exemplo, deveria usar maquiagens mais sutis, enquanto a sugestão para o grupo do alto contraste (cor da pele diferente do cabelo) é uma make mais ousada e marcante.

Apesar da popularidade na rede social, a ideia virou alvo de críticas, pois o filtro parece privilegiar pessoas de pele clara, explica Vanessa Rozan no Lab da Beleza.

"A maior parte das pessoas pretas que fazem esse vídeo são enquadradas no baixo contraste, e aí você só pode usar essa maquiagem mais natural e suave? Você não pode 'deitar' e falar assim: 'eu vou arregaçar de maquiagem hoje com tudo que eu quiser'?", diz Vanessa.

Para a expert, o filtro pode até servir como um parâmetro inicial, mas não faz sentido limitar escolhas e combinações de maquiagem ao tipo de contraste do seu rosto: "Hoje, existe a vontade de se expressar, o conhecimento para se expressar —porque tem tutorial de tudo na internet— e o produto para se expressar. (...) Não faz sentido se prender a essas caixinhas".

No Lab da Beleza, a expert Vanessa Rozan testa produtos, trends e dupes que viralizaram nas redes, pra você nunca mais cair em cilada. Os episódios são disponibilizados às terças e sábados, às 10h30, nas redes sociais de Universa.

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