Ananda vai à polícia e faz BO após falas racistas de Ana Paula Minerato
A cantora Ananda, 26, registrou um boletim de ocorrência após ser alvo de falas racistas de Ana Paula Minerato, 33.
O que aconteceu
A artista do Melanina Carioca contou que foi à Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) nesta quarta-feira (27). "A delegacia cuida só de delitos de intolerância e crimes raciais. Acabei de fazer esse registro de ocorrência", explicou ela nos stories do Instagram.
Ananda explicou por que ainda não voltou a falar sobre a situação. "Eu precisava desse tempo para poder digerir o que está acontecendo na minha vida nesse momento e tudo que eu vou precisar falar", afirmou.
Mais uma vez, a cantora prometeu que fará um novo pronunciamento sobre o caso. "Para que eu pudesse me pronunciar de forma adequada, não só falando por mim, mas por tudo que isso envolve, eu precisava de um pouco de tempo. Obrigada por vocês estarem tendo essa paciência", disse. "Não tô falando de dias, tô falando de horas", completou ela sobre seu novo posicionamento.
Entenda o caso
Ana Paula Minerato fez falas racistas sobre Ananda em áudios vazados nesta segunda-feira (25). "Você gosta de mina cabelo duro, de neguinha? Ali é neguinha, alguém ali, um pai ou a mãe veio da África, tá na cara", disse a ex-panicat.
Após o vazamento, a influenciadora fez uma live chorando e pediu desculpas. "Eu estou muito mal, gente, porque eu sei que o que resultou nisso foi algo horrível. Quero pedir desculpa para todo mundo que se sentiu atingido ou ofendido", disse ela nesta terça-feira (26).
Minerato disse ter sido vítima de um relacionamento abusivo e que o ex-namorado a "colocava contra" Ananda. "Ele usou essa traição que ele fez com essa Ananda, comigo, para poder botar ela contra mim. Ele botou ela contra mim muitas vezes. Muitas, muitas, muitas vezes. Mostrou vídeos. Falava dela, e falava coisas terríveis", alegou.
A Band FM e a Gaviões da Fiel decidiram demitir Ana Paula após a veiculação dos áudios. A apresentadora comandava o programa "Estação Band FM" desde 2015, assim como era musa da escola de samba há muitos anos.
A Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo também abriu um processo contra Minerato para apurar os áudios racistas. A Coordenadoria de Políticas para a População Negra (CPPN) abriu expediente na Ouvidoria para a investigação do caso.