Erika Hilton pede que MP investigue Ana Paula Minerato por racismo
A Deputada Federal Erika Hilton (PSOL) solicitou ao Ministério Público que investigue Ana Paula Minerato por racismo após o vazamento de um áudio da apresentadora.
O que aconteceu
Erika Hilton protocolou nesta terça-feira (26) uma representação no Ministério Público de São Paulo para a abertura de uma investigação contra Ana Paula Minerato. No documento, a deputada federal solicita que seja apurado eventual prática de racismo.
A parlamentar ainda pediu a aplicação do artigo 20 da Lei Federal nº 7.716/89, que prevê a pena de reclusão de um a três anos e multa. Para além da injúria racial, Erika Hilton diz que a influenciadora teria cometido crime de racismo por ter falado em um ambiente público e não ter se retratado após a repercussão.
"Não obstante, a representada já se manifestou publicamente sobre sua fala e se limitou a dizer que está 'péssima', reforçando, de forma tácita, sua fala racista que se tornou pública. Na ocasião que poderia ter se retratado não o fez, mesmo sendo uma figura pública", justificou Hilton no documento.
Ana Paula Minerato se tornou um dos assuntos mais comentados da internet após um áudio atribuído a ela tecer comentários racistas sobre Ananda, cantora do grupo Melanina Carioca. "Você gosta de mina cabelo duro, de neguinha? Ali é neguinha, alguém ali, um pai ou a mãe veio da África, tá na cara", disse para KT Gomez, seu ex-namorado.
Após a repercussão do áudio, A Band FM e a Gaviões da Fiel decidiram desligar Ana Paula Minerato. Além disso, a A Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo também abriu um processo para investigar o caso.
Ananda se pronunciou nesta terça-feira (26), afirmando que em breve comentaria sobre o assunto. "Já já vou aparecer aqui para falarmos sobre o caso e vocês entenderem o que aconteceu, mas principalmente para reforçarmos nesse novembro negro a pauta racial que é tão importante e necessária".
Nas redes sociais, musas do Carnaval, como Adriana Bombom, recriminaram as falas racistas de Minerato. "É surreal o que escutei. Em pleno 2025 que vamos entrar, ainda tem gente nessa? A garota musa de bateria de uma p*** escola de São Paulo que só tem pretos e pretas e vem falar mal dos pretos. Querida, se toca, se manca", disse Bombom.
