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Mainstreet Festival sofre três baixas e MC Cabelinho vira atração principal

MC Cabelinho no palco do Mainstreet Festival na noite de sábado (23), no Rio - Rômulo Guimarães/CS Eventos
MC Cabelinho no palco do Mainstreet Festival na noite de sábado (23), no Rio Imagem: Rômulo Guimarães/CS Eventos
do UOL

Juliana Gonçalves

Colaboração para Toca, no Rio

24/11/2024 13h30

Neste fim de semana, o samba dá lugar ao trap e ao hip hop na Praça da Apoteose, que recebe a segunda edição do festival da Mainstreet Records, gravadora liderada por Orochi. O Mainstreet Festival reúne nomes de diferentes vertentes dentro do estilo; o segundo dia acontece neste domingo (24)

O que rolou

No primeiro dia de apresentações, no sábado (23), o palco principal do evento recebeu Azzy, Leall, Bin, Oruam, Duquesa, Veigh, o anfitrião da noite Orochi e Cabelinho — nome do line mais aguardado pelo público do dia. Mas o evento também contou com baixas: Poze, Bielzin e Rennan da Penha, que estavam confirmados entre as atrações, não se apresentaram.

A edição 2024 dobrou de tamanho, passou a ter dois dias e uma estrutura maior. Reunindo jovens de diferentes regiões, o festival demonstra o domínio do trap no Rio de Janeiro. A maior parte do público não tinha mais de 20 anos e vestia preto - cor que associam a gravadora Mainstreet.

"Eu montei o look para o festival. Escolhi o preto por ter tudo a ver com Mainstreet e usei o lenço porque está super em alta. É minha primeira vez no evento e vim aqui para curtir e aprender com quem está no palco", contou Nega, 23, moradora de Resende (RJ). Ela está se lançando na cena e foi acompanhada da sua produtora, Suellen Lima, 28. Além de curtirem os shows, para elas o festival é uma oportunidade de networking.

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Suellen e Nega aproveitaram o Mainstreet Festival para fazer network
Imagem: Juliana Gonçalves/UOL

O evento brinda o ano em que o estilo teve maior reconhecimento — reflexo de um crescimento exponencial. É o que afirmam os amigos Kayke Juan, Beni e Nalla, todos de 20 anos e moradores da Zona Norte do Rio de Janeiro.

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Nalla, Beni e Kayke Juan curtem o Mainstreet Festival na noite de sábado (23), no Rio
Imagem: Juliana Gonçalves/UOL

"De dois anos para cá o número de eventos cresceu e o próprio Mainstreet Festival é retrato disso. Assim a cena vai crescendo e se mantendo com os artistas próximos ao público. E aqui cada artista que está se apresentando tem um estilo diferente do outro", contou Kayke antes de sair correndo assim que Orochi subiu ao palco. "O Orochi é de um jeito e o Cabelinho já tem essa essência do funk onde ele começou. Mas quem eu mais quero ver é o Cabelinho. Sou fã da trajetória e me identifico com as letras desde a época do funk. As letras falam com a gente. E ele levou o trap pra favela."

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Orochi se apresenta na noite de sábado (23), no Mainstreet Festival, no Rio
Imagem: Romulo Guimaraes/CS Eventos

Além dos dois palcos, um octógono foi ocupado pela Batalha do Tanque — um dos lugares onde Orochi começou —, que reuniu MCs em uma disputa valendo dinheiro e que mantém a essência do movimento hip hop. "É muito bacana esse espaço para a cultura independente. Além de manter os MCs que desejam migrar para a música perto dos festivais", contou Spyke (26), que participa pelo segundo ano da batalha no Mainstreet Festival.

Baile de favela

Com trap e funk, o filho do dono Oruam prometeu "transformar o Mainstreet Festival em baile de favela". Ele agitou o público, emocionou com hits românticos.

Oruam ainda pediu liberdade para o pai, Marcinho VP, e cantou clássicos de facção do Rio. "Nós é cria do Rio de Janeiro, quem nunca escutou essas músicas, tá de marola. É por isso que nós solta mesmo", disse.

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Show de Oruam no Mainstreet Festival, na noite de sábado (23), na Apoteose, no Rio
Imagem: Rômulo Guimarães/CS Eventos

Como o anfitrião da noite, Orochi subiu ao palco fazendo as honras da casa, agradecendo ao público e falando sobre o crescimento do evento. O dono da Mainstreet chamou Oruam de volta ao palco e também convidou Puterrier, que foi anunciado por ele como novo contratado da gravadora. O rapper também se apresenta no segundo dia de evento, neste domingo (24), antes de Ja Rule.

Azzy e Duquesa foram os nomes femininos do palco principal no primeiro dia do evento — que esse ano traz mais mulheres no line. Azzy foi a responsável pela abertura dos trabalhos e Duquesa apresentou para o público seu rap empoderado da Bahia.

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A apresentação de Duquesa na noite de sábado (23), no Mainstreet Festival, no Rio
Imagem: Rômulo Gumarães/CS Eventos

Cabelinho teve o show mais lotado da noite. Um dos principais nomes do trap carioca apresentou seus sucessos passeando dos hits romântico ao funk. O cantor confirmou a data do seu novo álbum para 16 de dezembro e cantou sua música de trabalho "Eu não sou santo mas não sou bandido".

Representando o trap paulista, Veigh encerrou as apresentações do primeiro dia no palco principal. O show contou com o momento emocionante em que o rapper atendeu o pedido de uma fã que subiu ao palco e cantou abraçada com ele.

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Veigh foi uma das atrações do primeiro dia do Mainstreet Festival, no sábado (23), no Rio
Imagem: Rômulo Guimarães/CS Eventos

Mas a primeira noite do festival também teve baixas: os shows de Bielzin, Rennan da Penha e Poze não aconteceram. De acordo com comunicado, Poze não se apresentou por questões de saúde.

O MC pode se apresentar neste domingo ao lado de Orochi, Maneirinho, Djonga, Chefin e a atração internacional Ja Rule. Mas ainda não há confirmação oficial.

Mainstreet Festival

Quando: domingo (24), às 14h
Onde: Praça da Apoteose, Rio de Janeiro
Quanto: a partir de R$ 145
Ingressos à venda pelo site da Zig.

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