Biografias, comida e mais: confira 5 dicas de livros para começar a semana
Procurando uma boa leitura para encerrar o final de semana? O colunista Rodrigo Casarin e as repórteres Luiza Stevanatto e Fernanda Talarico, de Splash, sugerem cinco! Da autobiografia de uma estrela da Nickelodeon à história de um importante político francês, há dicas para todos os gostos.
"Joseph Fouché: Retrato de um Homem Político", de Stephen Zweig (Zahar, tradução de Kristina Michahelles)
Rodrigo Casarin - Apesar de irregular, a obra do austríaco Stephen Zweig tem alguns momentos grandiosos. Gosto de suas misturas de biografia com ensaio. O autor escreveu sobre a vida e o trabalho de gente como Tolstói, Balzac, Dostoiévski, Maria Antonieta e Mary Stuart. Nessa toada, é ótimo o livro de Zweig sobre Joseph Fouché, sujeito que Napoleão considerava o traidor perfeito.
Homem dos séculos 18 e 19, Fouché fez de tudo para permanecer próximo ao poder estabelecido. Nunca deixava muito claro o que pensava. A sombra lhe fazia bem. Não se importava com contradições nem se preocupava com fidelidades.
Dessa forma, teve cargos esteve junto do rei, dos revolucionários franceses e, depois, de Napoleão. Ia para onde o vento soprava e, entre uma troca e outra de governos, chegou a liderar a França por um breve período. Para Zweig, foi o "retrato de um homem político".
"Em busca do prato perfeito", de Anthony Bourdain (Companhia de Mesa, tradução de Luiz Henrique Horta)
Luiza Stevanatto - Se você leu a obra-prima "Cozinha Confidencial" e quer mais Bourdain, esse livro vai matar sua fome. Aqui, é possível viajar o mundo, explorar cozinhas e conhecer pratos exóticos pelos olhos (e papilas gustativas) de um autor que escreveu sobre comida como ninguém.
"As viúvas passam bem", de Marta Barbosa Stephens (Folhas de Relva)
Fernanda Talarico - Um livro rápido, mas que te prende até o final. Ao terminar, me peguei pensando como eu queria saber mais sobre todas as personagens. A trama se passa no Recife dos anos 1990 e acompanha duas viúvas, vizinhas e inimigas, cujos maridos mataram mutualmente em um grotesco duelo sem sentido.
Fragmentos de memória da narradora Marta Barbosa Stephens, que reescreve fatos que testemunhou na infância, revelam ao leitor personagens que poderiam comungar suas dores, mas decidem enfrentá-las com vingança.
"Leonardo Da Vinci", de Walter Isaacson (Intrínseca, tradução de André Czarnobai)
Rodrigo Casarin - Mestre do Renascimento, autor de obras centrais na história da arte como "Mona Lisa", "A Última Ceia" e, a minha preferida de sua lavra, "Dama com Arminho", homem de interesses diversos que dissecou o corpo humano e vislumbrou um helicóptero séculos antes dos monstrengos pairarem pelos nossos céus? Certamente você já viu alguém (ou muita gente) considerar Leonardo Da Vinci um gênio.
Pois um dos grandes méritos dessa biografia de Walter Isaacson, que também se debruçou sobre a vida de pessoas como Steve Jobs e Albert Einstein, é desmontar essa explicação tão grandiosa quanto simplista demais para tudo o que Da Vinci fez. Obsessões, trabalho excessivamente, uma série de projetos frustrados e muitos momentos de crise, dentre elas financeira, fazem parte dessa caminhada hoje tão reverenciada.
"Estou feliz que minha mãe morreu", de Jennette McCurdy (nVersos)
Fernanda Talarico - O título pode até assustar, mas não te prepara o quão cru é o relato da ex-atriz mirim Jennette McCurdy. Esta autobiografia denuncia os abusos sofridos na mão da própria mãe, sempre sob o pretexto de que mães sabem o melhor para o filho.
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