'Tinha que ser': Natália Guimarães nega injustiça em vice no Miss Universo
Natália Guimarães, 39, viu sua vida mudar ao se tornar vice-Miss Universo em 2007, no México. Passados 17 anos, ela afirma que não houve injustiça na vitória da miss japonesa na ocasião e declara torcida para a brasileira Luana Cavalcante neste sábado (16).
O começo de tudo
Natália tinha apenas 22 anos quando disputou o Miss Universo 2007 no México. O apresentador do concurso foi Mario Lopez. Ele também apresentou o Miss Universo 2020, realizado nos EUA em 2021, no qual o Brasil também foi vice com a gaúcha Julia Gama.
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Neste ano, Mario Lopez comanda a atração novamente, o que pode ser um indício de bom resultado para o Brasil. A final do concurso acontecerá neste sábado (16), na Cidade do México, e será transmitida no canal Telemundo no YouTube, a partir das 23h (horário de Brasília).
Natália, que esteve no júri que elegeu a atual Miss Brasil, Luana Cavalcante, aposta na jovem. "Tenho certeza que ela vai nos surpreender. Estou na torcida pra gente vencer o Miss Universo."
Natália conta que já acompanhava o Miss Universo desde criança com a mãe e a avó. E via as misses como princesas, até estar no palco na final em 28 de maio de 2007. "Parecia que eu estava vivendo um sonho mesmo. Eu ali aprendi muito também", afirma.
Ela foi descoberta como talento por José Alonso, conhecido como Mago das Misses, e que morreu em 2021. Ele já tinha um plano traçado para ela. Foi enviada ao Miss Intercontinental em 2006 como Miss Brasil, no que foi sua primeira experiência como miss em preparação ao Miss Brasil 2007.
A busca por títulos então começou. Miss Belo Horizonte, Miss Minas Gerais e Top Model of the World. Este último, ela renunciou o título para poder disputar o Miss Brasil —o contrato a impedia de disputar outro concurso internacional por dois anos.
Veio então Miss Brasil e Miss Universo. "Acreditava que eu conseguiria chegar e queria muito estar entre as finalistas, mas é complicado eu achar que ia vencer, que eu era a melhor de todas."
Eu olhava todas elas [as outras competidoras] e ficava encantada, porque eram as mulheres que eu via na TV. Era muito difícil eu achar que ia ganhar, que já era a Miss Universo. Natália Guimarães
Apesar do resultado, Natália diz que também saiu vencedora do México. "Para mim foi maravilhoso. Estou dando essa entrevista, trabalhei duro, conheci o meu marido. Tudo foram passos que iniciaram naquele dia, com aquela colocação. Ter ficado no segundo lugar foi uma vitória".
A volta ao Brasil foi repleta de participações em programas televisivos, incluindo sua estreia como atriz. Foi, inclusive, convidada por Donald Trump, então dono do Miss Universo, para trabalhar em sua agência de modelos em Nova York, mas preferiu ficar no Brasil.
[Não fui] Eu acreditei que o que estava acontecendo no Brasil era muito grande e vi que a carreira de modelo acaba limitando. Como atriz eu posso fazer uma infinidade de papeis em todas idades.
Hoje, Natália é casada com Leandro Scornavacca, do KLB, e tem duas filhas gêmeas de 11 anos: Maya e Kiara. Além de modelo, Natália se formou em jornalismo e também é apresentadora.
Eu tinha acabado de conhecer o Leandro e sou muito da família, sentimental e sabia que ia ser para sempre. Eu tive esse feeling. Não tive nem dificuldade [de decidir escolher]. Vi que era aquele caminho que eu deveria seguir e estava tudo bem.
Sem rivalidade ou injustiças! Anos após o resultado no México, vez ou outra alguma página ou fãs brasileiros relembram seu segundo lugar e até critiquem a japonesa Ryio, que levou o concurso na ocasião. Natália, no entanto, afirma que não houve nenhum tipo de injustiça.
Recebi um carinho de uma mulher vencedora. Sou vice-Miss Universo, vou honrar esse lugar, contestar não é uma forma de honrar o lugar que cheguei. Sou muito feliz com isso, com minha história [e tinha que ser exatamente assim].