Drama "Conclave" explora desejo humano pelo poder, diz diretor Edward Berger
Por Sarah Mills
LONDRES (Reuters) - Seu mais recente drama se passa no Vaticano, mas o diretor Edward Berger afirma que "Conclave" trata da sede das pessoas pelo poder e poderia ter qualquer lugar como pano de fundo.
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Ralph Fiennes e Stanley Tucci estrelam o filme em que dois cardeais batalham com outros membros do clero para decidir quem será eleito o próximo papa.
"Poderia se passar em Washington, D.C.... ou em Downing Street ... uma posição em aberto ... e, quando há um vácuo de poder, haverá pessoas lutando por ele ... e atingindo os outros pelas costas e tentando manipular o seu caminho até o poder", disse Berger em entrevista à Reuters.
É o personagem de Fiennes, o cardeal Lawrence, que como reitor do Colégio de Cardeais supervisiona os procedimentos do conclave e administra os escândalos que surgem.
O ator, que foi indicado duas vezes ao Oscar e cresceu como católico, mas diz que hoje não tem religião, afirmou que o filme traz questões sobre a relevância da Igreja e quem a lidera.
"Quem é digno desta posição estranha, mas muito poderosa e única que é a de líder da Igreja Católica? Quem é que tem as qualificações corretas?", questiona Fiennes.
Os favoritos no pleito formam um grupo com visões diferentes e cada um tem o seu segredo, desde cardeais mais tradicionais até o mais progressista Cardeal Bellini, interpretado por Tucci.
"É fascinante interpretar um homem que é tão devoto a sua fé mas que ainda entende a complexidade do comportamento humano. E o poder da Igreja e quão poderoso esse poder é se cair nas mãos erradas", afirmou Tucci.
(Reportagem de Sarah Mills)