D23: 'Avatar 3' terá personagens com lado 'mais sombrio', diz James Cameron
O diretor James Cameron, 70, fez uma aparição na D23 Brasil para comentar o processo de criação de "Avatar 3: Fogo e Cinzas". O filme está em pós-produção e deve ser lançado no próximo ano nos Estados Unidos.
O que aconteceu
Cameron antecipou que há novas culturas em Avatar 3. "Temos um povo nômade que viaja por todo mundo e fazem um comércio de raízes de uma maneira muito específico. (...) Mas não passamos tanto tempo com eles como com o 'Povo das Cinzas', de um grupo Na'vi que acabaram pegando tudo de bom sobre a cultura Na'vi e distorceram de uma maneira obscura. A civilização deles foi destruída por uma erupção vulcânica, então eles têm muita hostilidade em relação ao mundo em geral."
'Povo das Cinzas' mostrará um lado mais sombrio da humanidade. "Acho que neles vamos ver um lado mais obscuro de nós mesmos. Um lado mais sombrio (...) Eles têm uma conexão com a natureza, uns com os outros, mas a gente vai ver o oposto e o conflito surge daí."
Cameron já veio ao Brasil e diz povos indígenas o inspiraram. "Já fui ao Brasil várias vezes. Já trabalhei bastante por aí. É um país incrível. Já trabalhei com os povos indígenas, já trabalhei muito nas cidades, passei muito tempo só aproveitando a vida no Brasil e eu acredito que a minha jornada, todas as minhas viagens ao Brasil me ensinaram o respeito à perspectiva dos indígenas para as suas religiões, culturas e práticas."
Para diretor, desafio também está em trabalhar como personagens reagem aos eventos. "E já que estamos no terceiro filme agora, não é só questão de criar um novo personagem, é passar pelas mudanças e como eles reagem à vitória, à perda, ao trauma, ao amor, e todas essas coisas. Amo trabalhar com talentos tão incríveis. É um grupo de pessoas fenomenal. (...) A gente se tornou essa família inesperada."
Filme já está em pós-produção. "O que me anima agora é que vejo todos os detalhes, as nuances, na atuação dos atores eu vejo quem são essas pessoas, mesmo se for um alien azul de vários metros. (...) Temos essas pessoas reais aqui e temos a profundidade da alma dos atores que transborda nas telas."