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Como Meta quer vetar golpe do remédio fake que usa Drauzio Varella

do UOL

Colunistas de Tilt e Colaboração para Tilt

05/11/2024 05h30

(Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre tecnologia no podcast Deu Tilt. O programa vai ao ar às terças-feiras no YouTube do UOL, no Spotify, no Deezer e no Apple Podcasts. Nesta semana, o assunto é: Tá na cara que você cai em golpe com celebridade; O cemitério do Google em 2024; Os espiões de IA dos EUA)

O reconhecimento facial já foi bombardeado de críticas no passado. Mas os tempos mudaram —pelo menos é isso o que a Meta quer que você acredite. A empresa de Mark Zuckerberg abandonou a tecnologia há três anos, mas voltou atrás e, dessa vez, vai usar a ferramenta de uma maneira diferente.

Tem a ver com vídeos estranhos que circularam nas redes recentemente. Você já deve ter visto um deles, que mostra o médico Drauzio Varella vendendo o "Ultramaxx Gold", um produto voltado para disfunção erétil. Impulsionado nas plataformas da Meta, o vídeo usa sem autorização a imagem de Varella.

Qualquer pessoa que acordou de 2020 para cá já foi alvo de um golpe envolvendo celebridades
Helton Simões Gomes

No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Helton e Diogo Cortiz explicam como a proposta da Meta evita que episódios como o do Drauzio se repitam.

Agora a Meta resolveu usar reconhecimento facial justamente para impedir que esse tipo de conteúdo circule, porque não é só celebridade que fica magoada com isso, tem muita gente que acredita no Drauzio Varella fake e acaba comprando esse produto que obviamente é uma enganação
Helton Simões Gomes

Além do Drauzio Varella, outras pessoas como o jornalista e apresentador Pedro Bial foram vítimas de deepfake e tiveram vídeos com suas imagens usados para vender produtos no mínimo duvidosos. Ambos processaram a Meta.

Para reverter a situação, a Meta vai fazer uma verificação entre fotos dessas celebridades e a imagem contida nesses vídeos. Se as imagens corresponderem, a empresa vai remover o vídeo do ar caso a pessoa não tenha autorizado a veiculação.

Por enquanto, esse tratamento vai ser destinado apenas aos famosos, para evitar a propagação de vídeos falsos. Para Helton, esse movimento terá um efeito nos usuários: impedir que sejam enganados por essas propagandas falsas que usam o rosto das celebridades para aplicar golpes.

Diogo Cortiz ressaltou que há um furo na estratégia. O reconhecimento facial funciona bem quando há muita similaridade, mas, se por acaso o deepfake for mal feito, talvez ele passe despercebido.

Helton explica que há parâmetros que a tecnologia de reconhecimento facial deve seguir, com base inclusive em aspectos matemáticos, que podem garantir maior precisão.

Se os golpistas fizerem um deepfake que é tosco, ou seja, um olho em cima e outro embaixo, e o modelo matemático identificar que os dados não batem vai passar porque é tosco. Mas aí vai ter que ser barrado por outro crivo: o do ser humano
Helton Simões Gomes

Do Chromecast ao Maps: por que o Google matou 30 serviços só em 2024

É dia de Finados no Deu Tilt. O programa já tratou da morte de muitos dispositivos e tecnologias, como a antena parabólica, o já saudoso Chromecast e o iminente fim do 3G (que ainda respira por aparelhos). Mas o que leva uma empresa a matar serviços ou produtos que as pessoas amam?

Eu não sabia que tinham tantos serviços que o Google matava, mas depois de eu ver o tamanho do descampado, fiquei preocupado. O Google mata mais que coração gelado de ex
Helton Simões Gomes

Não é exagero dizer que a empresa enterra uma quantidade considerável de produtos e serviços. O site "Killed by Google", que traz um simpático subtítulo de "cemitério do Google", elenca tudo aquilo que a gigante de tecnologia uma vez desenvolveu e decidiu descontinuar. Por lá, há 296 itens.

Não é fake news! Militares dos EUA querem inundar internet com espiões de IA

Agora, o uso da inteligência artificial foi longe demais. O Pentágono planeja encher a internet de pessoas com IA. E não é só isso: elas vão atuar como espiãs infiltradas.

A operação especial "Joint Special Operation Command", do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, atua fortemente contra terrorismo e agora quer encher as redes sociais com pessoas falsas criadas por meio de inteligência artificial. E como isso combate o terrorismo?

A ideia deles é influenciar comportamentos ou entender como os usuários se comportam e então trabalhar com grupos que têm probabilidade maior de estar planejando atos terroristas. É uma nova forma de inteligência
Diogo Cortiz

DEU TILT

Toda semana, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes conversam sobre as tecnologias que movimentam os humanos por trás das máquinas. O programa é publicado às terças-feiras no YouTube do UOL e nas plataformas de áudio. Assista ao episódio da semana completo às 15h.

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