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Conexão dos fãs com Smashing Pumpkins vai além das camisetas

Pedro Bandeira e Victoria Moreira - Reprodução
Pedro Bandeira e Victoria Moreira Imagem: Reprodução
do UOL

Gustavo Brigatti

Colaboração para Splash, em São Paulo

03/11/2024 23h58

"A identificação não está tanto no estilo, mas na atitude", comenta Arnaldo Soares, 39. Ele foi um dos milhares de fãs que compareceram ao Espaço Unimed, na noite deste domingo (3), para prestigiar sua banda do coração, o Smashing Pumpkins. E, como a maioria do público, não usava uma camiseta do grupo.

Há algo de curioso em um show de rock onde não há presença massiva de camisetas estampando capas de discos, fotos dos integrantes, ilustrações ou logotipos da banda em questão. É como se a conexão se desse por outros motivos —mais profundos, que não necessitam de reconhecimento externo.

"Até tenho um moletom estampado com 'Zero', igual que o Billy Corgan usa no clipe de 'Bullet with Butterfly Wings', mas nem lembrei de pegar", explica Arnaldo, que veio com amigos de Salvador (BA), só para ver o show. "Mas não faz diferença, porque é a banda da minha vida, que me ajuda até hoje a passar por muita coisa."

Denise Fregonesi, 19, concorda com Arnaldo. Paulistana, foi sozinha ao show sem nenhuma indumentária alusiva à banda. E embora estivesse pensando em comprar um boné na banca de merchandising oficial do show, explicou que não era necessário.

"O fã de Smashing Pumpkins tem essa coisa meio na dele, sabe? Não é de ficar mostrando muito, a gente é mais na nossa", diverte-se, esclarecendo que gosta da banda por influência dos pais e curte o período clássico, dos anos 1990. "Eles têm letras muito profundas, que fazem muito sentido para mim, sabe?"

O casal Pedro Bandeira, 29 anos, e Victoria Moreira, 27, ambos de Garopaba (SC), também vieram a São Paulo exclusivamente para assistir ao retorno dos Pumpkins em sua formação quase original —faltou a baixista D'arcy Wretzky. Vai ser o primeiro espetáculo do grupo de ambos.

Mesmo usando camisetas que remetem ao grupo, Pedro tem uma relação muito mais profunda com a banda. "Tinha deixado de ouvir e retomei durante a pandemia", diz. "Sem dúvida alguma foi o que me ajudou a sobreviver à pandemia, aquele momento em que a gente tava trancado em casa sem fazer nada."

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