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OPINIÃO

Sabor do passado: Slipknot celebra debut no encerramento do Knotfest Brasil

do UOL

Gustavo Brigatti

Colaboração para Splash, em São Paulo

20/10/2024 23h00

Onde você estava em 1999? Porque foi pra lá que o Slipknot levou o público no encerramento do Knotfest Brasil 2024, neste domingo. Tocando seu disco homônimo de estreia, a banda criou um verdadeiro túnel do tempo e revelou uma polaroid de um período sui generis para o rock. Um período de experimentação, ousadia e retomada de curso para o gênero, um tanto à deriva naquele final de século. Do drumnbass que abre "Eyeless", passando pelas distorções de "Surfacing" chegando à urgência de "Spit it Out", foi a celebração da nostalgia em forma disco. Um tributo ao que de mais eloquente e divertido o nu metal já produziu. E um lembrete para nunca se esquecer de onde se vem. Mesmo que hoje você seja dono de um dos maiores festivais de música do mundo.

TRIBUTO

Se a ideia era homenagear origens, a escolha de tocar "Roots Bloody Roots" antes do show não poderia ter sido mais acertada. Afinal, o clássico do Sepultura integra o disco "Roots", de 1996, considerado por muitos a pedra fundamental do nu metal.

A BANDA DO ELOY

A exemplo da noite anterior, o baterista Eloy Casagrande foi a grande estrela da noite. Antes, durante e depois do concerto, o nome do brasileira era gritado por todo o estádio. Cada aparição no telão de Eloy era seguida de gritos e aplausos.

SHOW DO INTERVALO

Entre um set de músicas e outro, a banda saia do palco e dava espaço para o DJ Sid Wilson (também conhecido como genro de Ozzy Osbourne) entreter o público com vinhetas e colagens sonoras. Divertido.

O DONO DA VOZ

Corey Taylor segue impressionante como vocalista. Mesmo depois de um set longo como o de sábado, o frontman estava em perfeita forma na noite de domingo, performando todas as músicas sem perder o fôlego ou a afinação. Embora seja preciso observar que ele contou com a ajuda dos dois percussionistas da banda, que ajudavam nos vocais.

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