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BC: 'Drex deve passar por muito teste de privacidade antes de ser liberado'

do UOL

De Tilt, em São Paulo

14/10/2024 13h58

O Drex, uma versão digital do real emitida e regulada pelo Banco Central, caminha como projeto piloto para transformar o sistema financeiro nacional. Agora precisamos pensar como facilitar transações digitais, integrar tecnologias como o blockchain e ampliar o acesso.

Foi com essa premissa que executivos de grandes bancos e autoridades reguladoras se reuniram na segunda edição do NFT Brasil 2024, nos dias 12 e 13 de setembro, em São Paulo, para debater o avanço da moeda digital brasileira dentro de uma tendência global de criação de moedas digitais de bancos centrais para modernizar o sistema financeiro. O UOL foi media partner do evento.

Ao contrário das criptomoedas, que são descentralizadas, o Drex foi inspirado no EVM Ethereum e será totalmente controlado pelo BC, o que passa a envolver segurança, regulamentação e estabilidade financeira.

Fabio Araujo, coordenador do projeto Drex no Banco Central, André Portilho, head de digital assets do BTG Pactual, e George Marcel Smetana, especialista de inovação do Bradesco.

Além disso, um segundo painel aprofundou as aplicações práticas do Drex, debatendo os primeiros casos de uso da moeda digital e seu impacto direto na economia.

Araújo, que também é engenheiro de telecomunicações, ressaltou que para a transação acontecer ainda é preciso, por exemplo, resolver questões de interoperabilidade e infraestrutura digital (identidade digital, assinatura, registros, entre outros), mas a vantagem é clara: escalabilidade.

"É preciso uma padronização e infraestrutura pública para que os participantes de mercado tenham acesso", disse.

O coordenado da plataforma Drex disse que ainda não dá para prometer quando a moeda virtual estará disponível, mas isso só vai acontecer quando a questão da privacidade for muito testada.

"Privacidade é um marco fundamental para o avanço do Drex. Vamos garantir que as pessoas tenham confiança para usar de fato o Drex", afirmou, lembrando que foi assim com o Pix, hoje usado por 80% da população adulta.

Por fim, defendeu que as pessoas usem as novas tecnologias, sem fricção. "O futuro é uma plataforma multiativos, com custo reduzido."

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