WME Awards 2024 anuncia data e homenagens a Lia de Itamaracá e Nara Leão
Única premiação dedicada às mulheres da música no Brasil, o WME Awards chega à sua oitava edição, em 17 de dezembro, em São Paulo.
Como vai ser
Em 2024, o prêmio traz homenagens a Lia de Itamaracá (em vida) e Nara Leão (póstuma). As duas resgatam e fortalecem histórias de empoderamento e representatividade feminina, segundo a premiação.
Lia de Itamaracá tem 80 anos e é cantora, compositora e uma das mais importantes cirandeiras da cultura brasileira. Em 2005, tornou-se Patrimônio Vivo de Pernambuco, por meio do Registro do Patrimônio Vivo do Estado. Além disso, recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), por sua vasta contribuição à cultura pernambucana e brasileira. Em 2023, foi incluída entre as cem personalidades negras influentes da lusofonia, integrando a 100 Power List, iniciativa da revista Bantumen.
Já Nara Leão foi uma das mais relevantes cantoras, compositoras e instrumentistas do país. Considerada a musa da Bossa Nova, reunia no apartamento dos pais nomes que, posteriormente, seriam grandes artistas como ela, tais como Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli e Carlos Lyra. Nara faleceu em 1989, aos 47 anos, após lutar contra um tumor cerebral.
Minha expectativa para esta oitava edição do WME Awards é mais uma vez jogar luz a talentos que merecem o devido reconhecimento por sua contribuição para a cultura e a música no Brasil. A Lia de Itamaracá é uma artista de grande potência e genialidade, que ainda precisa ser celebrada em maior escala, e ficamos muito felizes em poder fazer essa homenagem a ela em vida.
Claudia Assef, idealizadora do WME
O WME Awards, a cada edição, reescreve histórias de mulheres invisibilizadas, o que fortalece cada vez mais o senso de comunidade e autoestima das trabalhadoras do mercado da música, gerando empregos e reconhecimento. O nosso objetivo é cada vez mais trazer um olhar expansivo para artistas de regiões do Brasil fora do eixo sudeste e de grandes eventos que ainda são negligenciados.
Monique Dardenne, idealizadora do WME